Qual será o melhor destino
a dar ao Rottweiler que ontem mordeu uma criança de 4 anos em Leça do Balio?
Será o seu abate? Nós dizemos que não! E dizemos que não porque apesar do
ocorrido, o animal não nos parece tão perigoso ao ponto de merecer tal sorte, já
que doutro modo o franganote de 24 anos que o trazia solto e sem açaime jamais
conseguiria mantê-lo a seu lado e fazer-se obedecer, pormenores que tornam
viável a reeducação do animal. Por outro e lado e segundo o que adiantaram duas
testemunhas entrevistadas para um canal privado da televisão, o cão não andava
por ali a morder a torto e a direito, mas sentiu o medo da criança e atacou-a,
tomando depois parte numa briga encetada pelo dono (aquilo que este cão fez, qualquer o outro o faria desde que minimamente apegado ao dono e sem controlo). Também o seu rápido
abandono do local da agressão prova que não estamos na presença de um animal
muito-dominante e de difícil controlo. O cão tem recuperação e merece ser
recuperado! A quem deverá ser entregue?
Ao dono nunca, pois merece
melhor sorte! Para além das penas a que incorre, caso seja declarado culpado
dos crimes de que é acusado, o jovem deveria ser ainda proibido de voltar a ter,
directa ou indirectamente, outro cão. Parece-nos que o melhor destino a dar ao Rottweiler
(se for novo, saudável e robusto) é pô-lo para adopção, entregá-lo a quem o
respeite, tenha mão nele e lhe estabeleça as mais elementares regras de
convivência social. E se ele é uma arma que se disparou acidentalmente, então nada
melhor que entregá-lo às forças de segurança, gente autorizada e hábil a mexer
em armas, por norma carenciada de bons cães para dar combate aos terroristas e
outros criminosos. Se o cão for abatido, mais uma vez, vai pagar o inocente
pelo culpado! O cão saiu em socorro do dono, quem o socorrerá? Entretanto,
desejamos as rápidas melhoras das vítimas, que tudo não passe de um susto e que
o futuro lhes traga muitas felicidades.
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