A Beatriz Barroso, uma jovem
baixinha, franzina, irrequieta e sonhadora (mal de nós se não sonharmos),
condutora habitual de Beagles e sem experiência noutros cães, com algumas
dificuldades na colocação dos saltos para ajudar os seus companheiros, foi
convidada para conduzir a grande Dharma, uma CPA Red Sable, a quem só falta
voar. O que falta em tamanho à Beatriz, sobra-lhe na alma, porque é decidida,
atlética e explosiva. Ao reparamos nela, lembrámo-nos das prestações da Joana
Melo, hoje mamã a cuidar da Alice, não porque tenham algumas parecenças
fisionómicas, mas porque têm a mesma idade e nasceram com aquele ímpeto que
estabelece a diferença e galvaniza os cães. Joana só há uma e a Beatriz
dificilmente encontrará uma sósia. Pela sua disponibilidade, a Dharma ensinou a
Bia onde colocar-se à saída dos saltos, experiência que encantou a miúda e a
fez desejar ter um Pastor Alemão (talvez o venha a ter lá mais para a frente,
quando assentar e for bem-sucedida). Menina de linguajar urbano, cravejado de
substantivos e adjectivos como “man”, “bué”, “ya” e “cenas”, a Beatriz teima em
se agarrar aos procedimentos, mostrando também algumas dificuldades na
assimilação dos códigos. No entanto, não duvidamos que venha a ser uma
excelente condutora canina, pois tem tudo para lá chegar (ainda irão ouvir falar muito dela).
terça-feira, 18 de outubro de 2016
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