Um lobo nascido em 2019
numa matilha de Herzlake na Baixa Saxónia (Alemanha) perto de Meppen, que foi
abatido legalmente em setembro, na noite de 22 para 23 de setembro de 2020,
perto da cidade francesa de Val d’Ajol, no departamento francês de Vosges,
enquanto perseguia gado, atravessou 3 países ao longo de meses migrando para a
Holanda, Bélgica, Fronteira Germano-luxemburguesa na Renânia-Palatinado
(Alemanha) antes de chegar aos Vosges e a Haute-Saône (França). Durante a sua
jornada, o animal ceifou muitas vidas, incluindo 50 ovelhas na Holanda.
Quem o disse foi o “Office
Français de la Biodiversité” (OFB), organismo estatal encarregado de monitorar,
preservar, gerir e recuperar a biodiversidade nos ambientes terrestre, aquático
e marinho, ontem, quarta-feira, num comunicado à imprensa. A análise dos restos
mortais deste lobo mostrou “"uma assinatura típica das populações de lobos
da Europa Central e do Báltico e não da cepa franco-italiana presente
historicamente no território francês desde o início dos anos 1990",
explicou o OFB. Foi também a análise dos seus excrementos, realizada no dia 01
dia de Janeiro de 2020, que permitiu a sua identificação.
O número de lobos está a aumentar por toda a Europa auxiliado também pelos confinamentos pandémicos, mas os seus habitats são cada vez mais escassos, o que agrava os seus conflitos com os humanos e os seus assentamentos, não raramente invasores dos seus ancestrais territórios, hoje mais exíguos, menos arborizados, mais poluídos e parcos na sua fauna e flora originais, tudo isto agravado pelo aquecimento global. Perante este problema, caso não se enverede pelo abate cirúrgico do número lobos, que não é assim tão fácil atendendo ao seu viver social, será que ao terminarmos a castração dos cães teremos também que proceder à dos lobos? Já há quem o tenha feito, será essa a melhor solução?
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