Aos
dois patetas já lá iremos. Primeiro vamos falar da cidade alemã independente (Kreisfreie
Städte) onde o banal incidente aconteceu – Halle (Saale) – localizada no Estado
de Sachsen-Anhalt e a maior dele, a 150 km a sudoeste de Berlin e outrora parte
da inventada e forçada República Democrática Alemã. Halle é sede da
Universidade de Halle-Wittenberg (Universidade Martinho Lutero, MLU) e da
Academia Nacional de Ciências da Alemanha-Leopoldina, sendo considerada também
como a capital cultural do seu estado. Alberga ainda conceituados institutos de
pesquisa, dos quais se destacam o Instituto Leibniz de Bioquímica de Plantas, o
Instituto Max Planck de Física de Microestruturas e o Instituto Fraunhofer de
Mecânica de Materiais. Curiosamente encontra-se depositada na Igreja do Mercado
(Marktkirche) a máscara mortuária original de Martinho Lutero, que ali realizou
3 sermões, respectivamente em 05 de agosto de 1545, 06 de janeiro de 1546 e 06
de janeiro do mesmo ano. Halle an der Saale é também sede da fábrica de
chocolates mais antiga da Alemanha, a Halloren. Vale a pena visitar Halle,
quando tal for possível, ainda mais porque é uma cidade geminada com a nossa
Coimbra.
Quanto
ao incidente banal que ali aconteceu e que envolveu cães, aconteceu anteontem,
sábado. Conforme foi anunciado pela polícia, o cão de um homem de 41 anos foi
atacado por um transeunte cerda das 21h15. Na tentativa de enfrentar o agressor,
o proprietário canino levou dois socos no rosto. O agressor fugiu sem deixar
rasto e nenhum dos agredidos (cão e dono) sofreu ferimentos de maior gravidade.
O proprietário canino agredido conseguiu descrever para a polícia o seu
desconhecido agressor.
Situações destas repetem-se amiúde, particularmente quando os donos dos cães, contrariamente à letra da Lei, andam por toda a parte com eles soltos sem se importar com o incómodo que possam causar a terceiros, como se toda a gente tivesse a obrigação de gostar e de suportar as tropelias dos seus cãezinhos, que aparecem por todo lado sem serem chamados ou desejados. E, quando assim acontece, instala-se a confusão que poderá terminar em cenas de pugilato, mormente agora, quando todos estamos encarcerados devido ao confinamento e arredados do contacto social. É sabido que a corrente, o excessivo confinamento e a restrição de contacto com estranhos tornam os cães mais ferozes e anti-sociais. A julgar pelo que tenho visto por toda a parte, parece que os homens, quando confinados durante certo tempo, acabam por sofrer o mesmo efeito. Se não tem preparação específica para isso nem feito, evite brigas desnecessárias, ser o saco de boxe de alguém que nunca viu mais gordo ou mais margo, mas que anda à procura de alguém para lhe assentar um valente par de sopapos. Pelo sim, pelo não, circule com o seu cão atrelado!
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