quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

AS FRACAS, A LUNA E A KEILA

 

Hoje, alguém pouco expedito nestas coisas de animais deu ordem para que lhe soltassem as “fracas” (1) ao cair da tarde, bando de animais até aqui encerrado numa capoeira onde escasseavam os poleiros. Todos os galináceos, galinhas da Guiné inclusive, um pouco antes do anoitecer, procuram um abrigo seguro, recolhem-se e empoleiram-se até ao nascer do dia seguinte. Se o meu objectivo for libertá-las, então deverei fazê-lo logo de manhazinha, não ao cair da tarde, para que tenham mais tempo para reconhecer o terreno que as cerca e possam encontrar um abrigo indicado. Estas pobres coitadas, provavelmente acabaram por dormir junto da capoeira onde as têm alimentado. Contudo, o pouco saber de um vizinho, acabou por reverter-se numa excelente oportunidade de sociabilização para a CPA Luna e para a SRD Keila, que de um momento para o outro se viram rodeadas de umas estranhas e barulhentas galinhas.

A cachorra Pastora Alemã obedeceu de imediato ao “quieto” e deitou-se ao lado das “fracas” como se as tivesse a guardar, abandonando-as quando o seu condutor entendeu chamá-la para si. Em momento nenhum a cachorra bufou, latiu, ladrou ou rosnou para as aves e muito menos quis persegui-las. A foto seguinte demonstra o acerto da Luna.

Quanto à Keila, que vinha rotulada de não poder ver galinhas, que logo as matava, provavelmente por causa de um problema de visão a que a idade não é estranha, acabou por ser encaminhada para mais perto dos galináceos e ali permaneceu quietinha e feliz como se eles fossem seus amigos de longa data (a foto abaixo comprova-o).

Perante a novidade e a pertinência da lição, só nos resta agradecer ao dono das fracas tê-las soltado. Doravante, dando continuidade ao que fizemos hoje, as fracas poderão circular entre os cães, correr na sua frente e sobrevoá-los sem correrem qualquer perigo. Não é para isso que estamos cá? É evidente que sim!

(1) A galinha-d'angola (Numida meleagris), também conhecida como angola, galinha-da-índia, galinha-da-numídia, galinha-da-guiné, angolinha, angolista, galinhola, cocar, guiné, cocá, coquém, galinha-do-mato, faraona, capote, capota, pintada, picota ou fraca, sacuê e cacuê, é uma ave da ordem dos galináceos, originária da África e introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses, que a trouxeram da África Ocidental.

Sem comentários:

Enviar um comentário