terça-feira, 21 de maio de 2019

QUE S’EST-IL PASSÉ EN FRANCE AVEC LES CHIENS E LES CHATS?

PREÂMBULO: A foto acima não pretende fomentar a discussão entre franceses e alemães acerca da origem do Caniche, nem tampouco dar razão a uns ou a outros, somente exaltar o Caniche miniatura como um excepcional e inteligente cão de companhia.
O que é que se passou na França em 2018 para que a cada 20 minutos um cão tenha sido declarado perdido e um gato a cada 10? Os números são da empresa que gere o I-CAD (Arquivo de Identificação de Carnívoros Domésticos) que os adiantou ontem. Segundo a mesma fonte, no ano transacto foram declarados perdidos 78.957 animais domésticos (51.871 gatos, 26.953 cães e 104 furões), mais 15% do que em 2017. O pódio das três raças caninas mais perdidas ficou assim ordenado: 1º_ Retriever do Labrador; 2º_ Jack Russel e 3º_ Pastor Alemão. O Gato Europeu foi o que mais desapareceu e foi seguido pelo Maine Coon e pelo Persa.
Ao que tudo indica o problema passa pela identificação dos animais, porque só ela permite o confisco e o rápido contacto com os donos, já que a sua inexistência coloca os animais fugitivos na rota da adopção. O mesmo organismo aponta com soluções para este grave problema a tatuagem e o microchip. Mesmo assim, em 2018 foram devolvidos aos donos 17.116 gatos (+21% que em 2017) e 14.527 cães (mais 8% no mesmo período).
Independentemente da existência de identificação ou não, estes números são avassaladores e inusuais considerando as raças ali mais fugitivas, que na maior parte do mundo não entram em rankings destes, como é o caso do Labrador e do Pastor Alemão, raças que são reconhecidas como verdadeiras sombras dos donos. Das duas, uma: ou os franceses não dão a necessária atenção aos seus cães ou então estão minados de ladrões. Um cão sem identificação é um perigo para a população em geral, porque não se sabendo a quem pertence, poderá vir a ser usado como cão-bomba e participar noutras actividades terroristas, para além de poder vir a ser hospedeiro de drogas e de diamantes ilegais. Os franceses têm todas as razões e mais uma para ter os seus cães devidamente identificados e, se não o fizerem, estarão a colocar em risco a sua segurança e a do país, o que mais agravará a crise económica que por lá grassa. Apetece-me dizer que ser um bom francês é proceder também à identificação do seu cão! 

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