domingo, 12 de maio de 2019

NÓS POR CÁ: O GARIMPEIRO DA ÁFRICA DO SUL NÃO DEVE NADA A NINGUÉM!

Existirão certamente muitas razões históricas e antropológicas que justifiquem a candura, a brandura e a memória curta da maioria dos portugueses, mas nenhuma que os leve a aceitar conformados os grandes ladrões que os endividam cada vez mais, sanguessugas insatisfeitas de lugar cativo, que aqui sempre proliferaram sem dar contas a ninguém, marginais tornados heróis que o sistema protege e a justiça não apanha. Em simultâneo, o cidadão comum pode ver a sua casa penhorada pela mísera quantia de 14 cêntimos (0,62273 Reais Brasileiros) resultante do atraso no pagamento do imposto de selo, como aconteceu em Fevereiro do ano passado a uma senhora na Maia.
Nesta república que nos desgoverna e despreza, erigida por acautelados advogados e recheada de implacáveis publicanos que se orientam muito bem, badalam-se e levam-se a cabo comissões de inquérito parlamentares para a averiguação de factos susceptíveis de terem lesado Portugal e os portugueses, mas que na prática são apenas um pretexto para os criminosos lavarem a cara e gozarem com o pagode. Desta vez foi “chamado à pedra” o Garimpeiro Joe da África do Sul, um homem que deve a módica quantia de 1.000 milhões de euros aos bancos e que diz não dever nada a ninguém, um madeirense nunca visto, de ignoto ar plenipotenciário, que se diz filantropo e frágil de memória, particularmente quando lhe interessa, mas que na verdade tem-se revelado um mestre nas golpadas.
O cidadão funchalense José Manuel Rodrigues Berardo não deve nada a ninguém, nós e os bancos é que somos seus devedores e pagaremos a dívida até ao último cêntimo, mesmo que tenhamos de endividar as gerações futuras, como hoje já acontece. Perante este fado, é caso para se dizer “perdido por um, perdido por mil” e o garimpeiro Joe tem todas as razões para sorrir.
Não terá esta espécie de agiotas e usurários um predador natural algures? Não importa que esteja esfomeado (até convém), porque bem depressa sairá daqui gordo e anafado

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