Nesta altura do ano, com
os professores muito atarefados nas faculdades, as novidades e os trabalhos
científicos não abundam, mas lá para Ernstbrunn, no Distrito de Korneuburg, na
Baixa Áustria, cidade rodeada de florestas que alberga o WOLF SCIENCE CENTRE (WSC), sempre surgem
novidades, pelo que vale a pena estar atento ao que por lá se faz e ao que é divulgado
pelos cientistas do Centro, que normalmente não insuflam as suas descobertas e por
isso são pouco badalados, gente que trabalha com muita paixão, sem olhar a
horas e que gosta daquilo que faz (a Áustria é por tradição berço de muitos e
bons etólogos).
Pelo jornal liberal
austríaco DER STANDARD
ficámos a saber de um novo estudo levado a cabo pelo pessoal do WSC, trabalho
que já foi publicado na revista científica PLOS
ONE,
cujo título original é “ WOELFE
GOENNEN IHREN RUDELMITGLIEDERN MEHR LECKEREIEN ALS HUNDE”,
qualquer coisa como “os lobos tratam
melhor os membros das alcateias do que os cães das matilhas”, onde se
conclui em função das experiências efectuadas e dos resultados obtidos, que os
cães se preocupam menos com o bem-estar físico dos seus iguais do que os lobos
seus ancestrais, o que indicia que os cães domésticos herdaram o seu
comportamento cooperativo (pró-social) dos seus ancestrais selvagens e não
necessariamente da domesticação, domesticação que ajudou à tolerância e à
generosidade inter pares, para alcançar um nível de colaboração desde sempre
observado nos lobos (parece que o Homem estraga tudo onde mete a mão!).
Esta superioridade lupina,
no que ao comportamento pró-social diz respeito, torna viável a coabitação
entre homens e lobos como também a sua parceria. Quem tem cães-lobos ou deles
descendentes deverá estar sempre atento às novidades vindas de Ernstbrunn.
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