Com um 1º de Maio a
cheirar a Agosto, quente em demasia e com o sol sempre a brilhar, aproveitámos
o Dia do Trabalhador para trabalharmos afincadamente e começámos cedo, na paz
de um condomínio fechado, de caras para a planície alentejana, onde ainda
sobrevive um velho castelo muito descaracterizado. Os carros que saíram à rua e
vieram em nosso auxílio foram os do Gonçalo Leitão, que usados extraordinariamente
para outros fins, valeram-nos com obstáculos. Na foto acima podemos ver o CPA
Bohr a transpor um obstáculo misto (com materiais e pessoas). Apesar de não ser
visível, o Bohr foi conduzido pela Carla Leitão, que anteontem esteve
inexcedível (parabéns). Carla que respondeu à chamada e fez-se presente com a
Bull Terrier Maggie, conforme atesta a foto seguinte.
Na maioria das nossas
sessões de treino, como recapitulação e reavivamento, procedemos à execução dos
comandos de “junto”, “quieto” e “aqui" pelo tempo julgado conveniente e de modo
a não saturar os cães. Assim procedemos mais uma vez, até porque ainda temos
cães que manifestam alguma dificuldade na assimilação destes automatismos.
Surpreendentemente, as
Doberman que sempre abandonavam as figuras de travamento e punham-se em fuga,
conseguiram abraçar o comando de “quieto” e a classe ganhou com isso a
serenidade que tanta precisa para ir adiante.
Como o calor apertava e os
binómios ainda tinham pela frente a ginástica cinotécnica, o Adestrador viu-se
obrigado a regar o recinto de instrução para que a temperatura ao seu redor
baixasse e fosse melhor tolerado pelos cães. Entretanto recebemos duas visitas,
por sinal duas senhoras: a Ana e a Jessy, a primeira é a esposa do Aníbal e a
segunda a última paixão do José Maria. Ambas participaram nos trabalhos, a Ana
com o CPA Max e Jessy com os CPA’s Mel e Bohr. Na foto que se segue vemos a Ana
em primeiro plano e logo atrás a Jessy.
Terminado o período
destinado à obediência, improvisámos uma pista de obstáculos com as “viaturas
do Benjamim dos Leitões, que como sempre nunca pára e não sabe estar calado.
Todos os binómios ultrapassaram com galhardia e denodo os obstáculos que
tiveram pela frente, dando a azo a fotos dignas de postal. Apesar da novidade
da tarefa, a Ana esteve à altura dos acontecimentos, marcando com rigor os
tempos presentes nos saltos. Vemo-la em seguida a ultrapassar um obstáculo de
aquecimento com o Max, que o executou tecnicamente perfeito.
A Svetlana continua em boa
forma física e como tal capaz de transmitir alegria e ânimo aos cães que conduz.
Na foto abaixo, o forte incentivo verbal que dispensa à Doberman Russa é por
demais visível (seria impossível não reparar).
Como é seu apanágio, o
José Maria chegou mais uma vez atrasado (diz-se que trabalha muito fora de
horas) e a CPA Mel, que tanto gosta do treino e de estar com o dono, vê
injustamente encurtado o seu tempo de cumplicidade com ele. Na foto seguinte
vemos o José Maria a conduzir uma das Doberman, com a trela sobre os ombros,
trabalho em que é secundado pela Carla.
Em rota ascendente
continua o CPA Max, que evolui no treino a cada dia que passa, muito por mérito
do querer e da disponibilidade do Aníbal, um condutor que observa os
procedimentos, recapitula o que aprende e é que extremamente dedicado ao cão
que o acompanha. Na foto seguinte vemos este binómio a executar e bem um salto
em extensão.
Também a Jessy “teve que
dar corda aos sapatos”, porque o Bohr nasceu para saltar e não gosta que o
atrapalhem. Do ponto de vista atlético e até do técnico nada há a apontar à Jessy,
outra coisa não seria de esperar, porque o cão está ensinado e só se tem 25
anos uma vez na vida!
Na foto seguinte, com a
Carla em primeiro plano a conduzir o CPA Bohr, é fácil reparar no saltinho que
a condutora dá no segundo momento do salto, o “salto das azémolas” como é
conhecido na gíria, despropósito que geralmente produz o atraso dos condutores
no 3º momento do salto, que deverão adiantar-se em relação ao cão e antes de
tocar com as mãos no cão, para que mais depressa distribua o seu peso corporal
sobre os dois pares de membros (aprende Carlinha, pois dizem que nunca é tarde
para aprender!)
Mas justiça lhe seja feita,
pois foi a que mais correu e se sacrificou, sendo “voluntariamente” obrigada a
ir a todas. Com dois carros encavalitados pela frente, que constituíam uma
barreira de 120cm de altura, a Carla partiu decidida e conseguiu que o Bohr
ultrapassasse com facilidade aquela vertical sem lhe tocar.
Para mostrar à Maria que
não corria qualquer risco em ficar dentro do jeep a saltar, o Adestrador pôs o
Bohr a saltar sobre ambos para serenar a menina que parece haver nascido para
os cães (adoramos tê-la entre nós, mas desejamos-lhe um futuro mais risonho).
Como é nosso hábito,
quando na presença de classes mais jovens, efectuámos uma vertical humana,
servindo-nos da Jessy e Ana como balizas e da Maria como fasquia. A Carla foi
mais uma vez chamada para conduzir o Bohr.
Profundamente empenhados
na plena sociabilização do CPA Max, terminámos a aula matinal com um túnel
humano, onde é possível ver todas as senhoras que se fizeram presentes.
Apesar de termos ido
almoçar para lá das 14 horas, às 16 já estávamos a embarcar para um novo
ecossistema e para outra sessão de treino, onde inesperadamente acabámos por
convidar três senhoras para participarem nos nossos trabalhos, gente da ternura
dos 40 e picos que havia ido almoçar para debaixo dos pinheiros. Na foto
seguinte vemos a primeira das convidadas, alegre e descontraída na frente da
coluna escolar.
Depois veio a segunda
convidada, também ela bem-disposta e de fácil integração, cabendo-lhe em sorte
uma Doberman e tendo a Maria como madrinha escolar.
E como não há duas sem
três, uma terceira chegou, descontraída e debaixo do mesmo espírito (é a que usa
óculos, conduz um Pastor Alemão preto-afogueado (Max), tem saias compridas e um
blusão de ganga.
De um momento para o outro
a Escola parecia estar no meio de um arraial saloio. Volvidos alguns momentos,
as senhoras tiveram que se ir embora, porque iam para o Porto e ainda tinham
300km pela frente.
Depois do aquecimento
efectuado no Círculo de 36m convidámos todos os binómios a ultrapassar um muro
de 1,5 metros, obstáculo que hoje é para nós de mera manutenção. A Jessy sentiu
algumas dificuldades em fazer o muro com a CPA Mel, mais por falta de prática
do que por outro motivo. Contudo, conseguiu levar aquele muro de vencida.
Na foto que se segue é
visível o esforço da Andreia na ajuda à Russa durante a execução do muro. Ambas
saíram vitoriosas e nada há que apontar-lhes.
O CPA Bohr “explicou” para
a Maria como se faz um muro e a menina parece ter aprendido a lição. A ligação
que esta menina tem com os animais é impressionante e isso acaba por
facilitar-lhe a sua interacção com eles.
Com o muro aprovado,
chegou a vez de uma vertical crua, tirada a partir duma corda estendida e elevada
do solo 60cm. Todos os cães a ultrapassaram com relativa facilidade. Na foto
abaixo vemos a participação do binómio Aníbal/Max.
Com os objectivos da ginástica
cumpridos, passámos à disciplina guarda, onde começámos por despertar a CPA Mel
para o ofício guardião, valendo-nos da disponibilidade e desejo da Andreia, que
mais uma vez foi cobaia.
Após isto procedemos a
técnicas para a defesa de ataques caninos, com especial incidência sobre a
Jessy, que saiu dali ilesa apesar de não ter ganho para o susto, particularmente
quando uma das Doberman lhe rasgou as calças.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Ana/Max; Aníbal/Max; Andreia/Russa; Carla/Bohr;
Carla/Maggie; Jessy/ Bohr; Jessy/Mel; João/Lupa; José Maria/Mel; Paulo/Bohr e
Svetlana/Russa. O fotógrafo foi o Paulo Jorge e acabámos os trabalhos perto das
20 horas.
Amanhã teremos pela frente
outro dia de trabalho, esperamos não ter que enfrentar altas temperaturas e
logo daremos notícia daquilo que empreendermos.
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