No Sábado, tirando partido
de um “dia de Verão”, trabalhámos de manhã e também à tarde, primeiro na Serra
e depois num porto fluvial. Iniciámos os trabalhos matinais na travessia do
tronco sobre a vala, porque tínhamos na fileira cães que ainda não haviam
vencido este obstáculo de equilíbrio e carácter, como foi o caso do CPA Max,
carente destes benefícios. Na foto seguinte vemo-lo a vencer o tronco com o seu
condutor habitual, condutor que apresentou maiores dificuldades de equilíbrio
que o animal.
Ao Labrador Soneca, que já
fazia o tronco, foi-lhe exigido que o ultrapassasse na frente do seu condutor e
em velocidade, exigências que cumpriu imediata e alegremente, não demonstrando
nenhum receio.
No intuito de melhor valer
ao CPA Max, atendendo ao receio de cair e à falta de equilíbrio do seu condutor,
convidámos a Maria para liderar este Pastor, que nas mãos da menina parece ter
ganho asas.
Cheia de boa vontade, a
Ana predispôs-se a conduzir também o Max, muito embora o seu equilíbrio fosse tão periclitante quanto o do
marido! A quem teria saído a Maria? Provavelmente a um parente afastado.
Apesar dos seus 2 anos de
idade, o CPA negro Blaze nunca havia feito a travessia do tronco. Depois de
auxiliado e aprovado pelo Adestrador, este generoso cão foi entregue à Maria
para o efeito e tudo correu conforme o esperado, não fosse o Blaze um “cão-relógio”.
Depois passámos para os
saltos das verticais fechadas de 80 e 100cm, onde a Svetlana começou a tirar os
apoios da Doberman Russa sobre os obstáculos, disfuncionalidade com origem numa
precária técnica de condução. A Svetlana conseguiu resolver o problema na
maioria dos saltos.
Aplicado como é seu
hábito, o Afonso foi confrontado com a mesma dificuldade, não estando a Lupa
disposta a colaborar nem o condutor a entender o que fazer. Mesmo que o Afonso
não melhore substancialmente, a Doberman não estará para sempre com o cio e o
crescimento virá em seu socorro.
O CPA Blaze não precisou
de se aplicar a fundo nas verticais, trabalhando em “modo económico” graças ao correcto
adiantamento da Maria e ao calor que se fazia sentir.
O desempenho atlético do
Soneca sobre as verticais terá que melhorar, algo que acontecerá naturalmente com
o seu crescimento e melhor concentração. A foto artística é da autoria do esforçado
fotógrafo Paulinho Jorge, que não evitou deitar-se no chão para a conseguir.
A foto que se segue é
elucidativa acerca daquilo que se espera de um condutor no 3º momento de um
salto com um cão (na saída): adiantamento; constância na corrida; cabeça e
tronco para diante e a mão de condução a deslizar até à ponta da trela.
Questões técnicas à parte, a foto é de rara beleza.
Se a menina fez tudo
certo, o mesmo não se pode dizer do seu pai, que conduzindo o CPA Max, acabou
por não deslizar a mão de condução na trela e ainda por cima ficou a olhar para
o cão, despropósito que obrigou o animal a uma transposição
exagerada.
Com um intervalo de 120
minutos para almoçar, iniciámos os trabalhos da parte da tarde pelas 17 horas,
dispostos a ensinar o Soneca a nadar correctamente. Como de alguma forma seria
de esperar, o pequeno Labrador dispensou qualquer tipo de ajuda, avançando mar
adentro atrás do dono. Caso assim não fosse, o cachorro poderia contar com a
ajuda do CPA Bohr, um mestre nestas lides dentro de água.
Vencida a aula de natação,
optámos por executar os comandos de “quieto” e “aqui” na praia, solicitando do
Labrador a necessária atenção, apesar de haver por todo o lado crianças e cães.
Tudo o que lhe pedimos em
terra firme pedimos-lhe também dentro de água e o cachorro obedeceu prontamente
às ordens dadas sem se mostrar contrariado ou inseguro.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Lupa; Ana/Blaze; Aníbal/Max; Jessy/Blaze;
Jorge/Soneca; José Maria/Mel; Maria/Blaze e Svetlana/Russa. O fotógrafo
destacado foi o Paulinho Jorge.
Para a semana teremos
novas actividades, que serão convenientemente ajustadas à onda de calor que por
aqui vai. Do que levarmos a cabo logo daremos notícia. Boa semana de trabalho!
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