A
coleira insecticida Seresto da Bayer funciona. É possível que nenhuma outra
seja tão eficaz quanto ela e por causa disso temos vindo a recomendá-la.
Contudo, há cães que lhe são alérgicos e outros a quem pode provocar sérios problemas
gástricos, ainda que a maioria de cães e gatos a tolere facilmente. Os
problemas que pode causar resultam de um fortíssimo pesticida presente na sua
composição – o Imidacloprid - um insecticida à base de nicotina, sistémico, que
actua como uma neurotoxina e pertence a uma classe de compostos químicos
chamados neonicotinóides dos quais é de 1ª geração. O uso
de neonicotinóides na agricultura representa um risco inaceitavelmente alto
para as abelhas, porque desregula o seu sistema imunológico, tornando-as
susceptíveis a infecções de vírus contra os quais eram resistentes antes do
contacto com estes venenos.
Como resultado disso,
sucede o desaparecimento das colónias no Inverno. Para além das abelhas, a
toxicidade do Imidacloprid é letal para uma gama enorme de animais, actuando
assim eficazmente contra a biodiversidade. Vamos a três perguntas inquietantes:
poderei considerar-me um ecologista/ambientalista e perpetuar a fabricação e o
uso de um veneno destes? O bem-estar dos pets deverá sobrepor-se ao de outros
animais? O exagerado número de cães e gatos não estará a desequilibrar uns
quantos ecossistemas? Dá que pensar!
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