quinta-feira, 23 de maio de 2019

OS ECOLOGISTAS DA SERESTO

A coleira insecticida Seresto da Bayer funciona. É possível que nenhuma outra seja tão eficaz quanto ela e por causa disso temos vindo a recomendá-la. Contudo, há cães que lhe são alérgicos e outros a quem pode provocar sérios problemas gástricos, ainda que a maioria de cães e gatos a tolere facilmente. Os problemas que pode causar resultam de um fortíssimo pesticida presente na sua composição – o Imidacloprid - um insecticida à base de nicotina, sistémico, que actua como uma neurotoxina e pertence a uma classe de compostos químicos chamados neonicotinóides dos quais é de 1ª geração. O uso de neonicotinóides na agricultura representa um risco inaceitavelmente alto para as abelhas, porque desregula o seu sistema imunológico, tornando-as susceptíveis a infecções de vírus contra os quais eram resistentes antes do contacto com estes venenos.
Como resultado disso, sucede o desaparecimento das colónias no Inverno. Para além das abelhas, a toxicidade do Imidacloprid é letal para uma gama enorme de animais, actuando assim eficazmente contra a biodiversidade. Vamos a três perguntas inquietantes: poderei considerar-me um ecologista/ambientalista e perpetuar a fabricação e o uso de um veneno destes? O bem-estar dos pets deverá sobrepor-se ao de outros animais? O exagerado número de cães e gatos não estará a desequilibrar uns quantos ecossistemas? Dá que pensar! 

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