quinta-feira, 30 de maio de 2019

ASSENTAR A 2ª PEDRA BASILAR

Consideramos como pedras basilares da disciplina de obediência canina os comandos de “junto” e de “aqui”. Apostados em instalar o “aqui” incondicional no CPA Max, levámo-lo para o meio de um jardim muito frequentado, no centro de uma avenida e rodeado de estradas sempre concorridas, onde não falta toda a casta de cães e gente de todas as idades, de diferente apresentação e comportamento.
Por precaução deixámos a trela no cão, para que de alguma forma se sentisse preso; não ultrapassámos os 12 metros de distância entre o cão e o seu condutor, para não contribuirmos para a distracção do animal (é ainda cachorro) e o Adestrador colocou-se estrategicamente no lado oposto ao do condutor para impedir a possível fuga do cão, o que não sucedeu mas que poderia muito bem ter sucedido (o Max completou recentemente um mês de escola).
No decorrer do condicionamento do “aqui”, quando colocámos o CPA Blaze deitado entre o Max e o seu dono, notámos que o cachorro afastava-se em demasia do seu mestre de 4 patas (Blaze), num receio aparentemente infundado que importava vencer. Optámos então pelo “Duo”, uma das manobras de sociabilização animal mais exigentes, que consiste no salto de um cão sobre outro e vice-versa e na passagem por debaixo da barriga um do outro. Isto porque tínhamos à nossa disposição o mui prestável e inabalável Blaze.
Saltador por natureza, o Max saltou em segurança sobre o Blaze, animado pelo dono que o conduzia à trela. O Blaze deixou-se ficar quieto, muito embora já mostrasse algum incómodo causado pelo sol quente que se fazia sentir (esta não é a Estação ideal para as grandes performances atléticas dos cães negros).
Vencido o salto com grande naturalidade, passámos para a passagem por debaixo da barriga do Blaze, que foi vencida à primeira graças à soberba instalação do comando de “deita” no Max. Também aqui o Pastor negro não tugiu nem mugiu, limitando-se a permanecer quieto conforme lhe foi exigido.
Como as pequenas vitórias são para nós prelúdio das maiores que queremos alcançar, pedimos ao Max que passasse por debaixo do seu companheiro de classe em liberdade, o que aconteceu sem qualquer contratempo.
Finalmente pedimos a uma airosa moçoila que por ali passou, menina dos seus vinte e poucos, o favor de se prestar como obstáculo humano, pedido a que generosamente acedeu depois de se ter prontificado como fotógrafa das nossas actividades matinais.
O nosso empenho ao redor do CPA Max, traz-nos à memória outro binómio que treinámos afincadamente, o constituído pelo Tomás e pelo Rottweiler Slinky, do qual deixámos de ter notícia para grande tristeza nossa. Afortunadamente, sobra-nos a alegria de treinarmos diária e matinalmente o Aníbal e o Max.

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