Ensinamos o “À FRENTE”
aos cães para o usarmos nas seguintes circunstâncias: para robustecimento do
carácter canino; como modo de supercompensação; nas subidas íngremes como
subsídio de tracção; nas passagens estreitas sem risco de confrontação; nas
ruas mal iluminadas para protecção e varrimento e nas acções de busca e salvamento,
tanto em terra como dentro de água. Temos por hábito ensiná-lo primeiro à trela
e depois em liberdade, como subsídio importante para a liberdade condicionada
que procuramos nos cães. Sabendo-se que os mais frágeis de carácter têm
dificuldade em fazê-lo, preferindo circular atrás dos donos, este comando
direccional é-lhes indispensável, porque sem ele jamais alcançarão a segurança
e o conforto fornecidos pelo adestramento.
Apesar da tarefa não ser
fácil nalguns casos, por força de resistência oferecida, há que aproveitar as
circunstâncias em que os cães puxam por nós à trela, acção que todos fazem
quando pretendem chegar a um lugar da sua eleição, alcançar algo do seu interesse
ou satisfazer alguma necessidade, juntando ao ceder da trela o comando verbal a
instalar, instalação que acontecerá sem delongas pela memória afectiva por
conta da experiência feliz. Como é impossível discriminar todos os momentos em
que os cães procedem assim, porque cada um é um indivíduo, vive da experiência
que tem e mostra diferentes interesses, adiantaremos apenas as situações mais
comuns que nos parecem universais.
Nas esperadas e desejadas
saídas à rua, no apetecível regresso a casa, na perseguição e captura dum
brinquedo, perante a proximidade de um local de evasão e supercompensação, no
avistar de pessoas do agrado dos animais e no alcance de uma iguaria predilecta,
podemos alcançar sólidos e eficazes subsídios para alcançar o “À FRENTE”,
que será obtido sem o reparo e a coerção responsáveis pela sua delonga nos cachorros
e nos cães mais sensíveis. Fica a sugestão.
Sem comentários:
Enviar um comentário