Fidel Castro, líder da
Revolução Cubana e responsável pela “ditadura do proletariado” que ali
instituiu, morreu. Personagem controversa da política do Século XX, idolatrado
por muitos e odiado por tantos outros, estabeleceu em Cuba uma política de
partido único sustentado pela polícia política. Durante mais de 50 anos
resistiu ao embargo económico dos Estados Unidos contra a sua terra natal.
Internamente, em paralelo com a miséria a que votou o seu povo, estendeu a
todos o ensino, o acesso à saúde e promoveu políticas que favoreceram a
investigação científica. Externamente, depois de alinhado com a extinta União
Soviética, aquando da “Guerra Fria”, treinou, armou, apoiou e fomentou grupos e
acções terroristas em vários continentes, apoiando também (com homens e armas)
os diversos movimentos de libertação nas extintas colónias portuguesas do
ultramar. A queda do comunismo cubano, que se encontra preso por arames, por
ausência de modelo, apoio e referência, acabará por desalojar do poder os
líderes latino-americanos de idêntica e ultrapassada ideologia, que apenas se
aguentam de pé por força da repressão. Fidel marcou o seu tempo, caberá à
história, que todos sabemos ser escrita pelos vencedores, valorizar ou desvalorizar o que fez, o que não conseguiu fazer e o que não deveria ter feito.
sábado, 26 de novembro de 2016
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