sábado, 18 de março de 2023

TRABALHOS DE SEXTA-FEIRA 17 E NÃO 13

 

Quando um PLANO DE AULA tem objectivos mistos de obediência e ginástica, na procura do melhor aproveitamento dos cães, é de todo conveniente que comecemos pela obediência e só depois nos dedicarmos à ginástica, para evitar a saturação e cansaço dos cães que obstam à sua melhor concentração. Na aula de ontem foi assim que fizemos, também para facilitar o processo de adaptação ao treino do binómio Catarina/Titã, anteriormente sujeito a grande dispêndio físico. Comecei por ensinar-lhe o comando direccional “TROCA”, a mutação do lado da condução, usado para evitar temores, confrontações e proteger os cães, os nossos e os dos outros. A foto acima e a que se segue diz respeito a esta instalação.

Uma vez assimilado o “troca” pelo binómio, avançámos para a prática do comando de “quieto” a partir das posições de “deitado” e “sentado”, afastando-se a dona 20 metros da cadela. Afortunadamente a Titã não é dada a grandes sustos e distracções, o que facilitou de sobremaneira esta tarefa, assim como a atenção dispensada pela sua condutora.

E porque a Titã apresenta alguma dificuldade nos saltos verticais, problema biomecânico associado ao “carregar a garupa às costas”, ao facto de ser mais alta de garupa do que de espádua, urge compensá-la urgentemente através da ginástica, para que não venha a ter o dorso selado, o que mais a limitaria em termos físicos.

Esta disfunção é mais visível nos saltos tipo exel, quando a cadela é obrigada a executar saltos em extensão. Conhecedor da dificuldade, vou-lhe propondo pequenos saltos em extensão nunca superiores a 70 cm e elevados a 40 cm do solo, preferencialmente de formação natural para lhe dar mais alento e não lhe provocar maior estranheza.

A Titã foi ontem também introduzida aos túneis ao internar-se num suporte para bicicletas circular, obstáculo óptimo para a introdução de obstáculos deste tipo, por ser de fácil execução, aberto q.b. e menos sufocante.

Foi também solicitado à Titã que permanecesse sentada sobre um cubo de pedra e de costas para o rio, com a Catarina a comandá-la a 10 metros de distância, com a maré a subir e com pessoas constantemente a passar A cadela não apresentou qualquer dificuldade neste “quieto”, mas apresentou alguma resistência em subir para o cubo.

Aproveitando uma colorida fita plástica de separação, estendida em torno de uma propriedade em recuperação e pouco elevada do solo, introduzimos a Titã às “verticais cruas”, verticais de corpo aberto que só apresentam a vara de transposição. Como era importante que a SRD saltasse por cima da fita e não por baixo dela, foi pedido à Catarina que saltasse lado a lado com a sua companheira.

No final da aula e para seu registo, tirei uma foto à Titã na frente de um grafíti de muito mau gosto e nenhum significado. Indiferente à paisagem que a rodeava, a cadelinha “olhou para o passarinho” e não tremeu.

O Plano de Aula foi cumprido, o tempo não nos atrapalhou e aguardamos com alguma expectativa os progressos da Cataria e da Titã, amigas em quem apostamos e às quais dedicamos o nosso mais sincero empenho.

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