A
segunda aula do binómio Catarina/Titã apontava para um tríplice objectivo, a saber:
detectar os medos da cadela e encontrar-lhes solução, instituir a liderança
através da confiança pela divisão do trabalho e ultrapassar obstáculos para
robustecer o carácter da SRD na procura de outras competências, objectivos
demasiado ambiciosos para tão pouco tempo de treino e por norma só ao alcance
de binómios extraordinários, como é o caso da Catarina e da Titã, que ontem
foram surpreendidas pelo fotógrafo durante a sua evolução escolar. Por detrás
de tudo isto e como metas, procurou-se dar pulmão e músculo ao animal e maior
ousadia a dona para torná-las numa unidade inquebrantável e mais resiliente. Na
foto acima vemos o binómio a subir umas escadas de alvenaria elevadas
sensivelmente a 4 metros de altura, descendo-a depois em absoluta segurança como
se pode ver na foto seguinte.
Com
múltiplos objectivos dinâmicos, a obediência estática cedeu lugar à ginástica,
ficando a primeira reservada para a próxima aula. Na foto abaixo, debaixo da
preocupação de instituir a liderança através da confiança que a divisão do
trabalho oferece, vemos o binómio a abandonar decididamente aquelas escadas,
onde a boa preparação física dos seus elementos foi responsável por uma foto de
rara beleza.
Como importava saber qual o comportamento da SRD em passagens estreitas e elevadas, foi pedido à Catarina que a levasse a subir e a descer outras escadas, onde o comando de “à frente” acabaria por ser solicitado à fiel cadela, que o executou prontamente e sem qualquer tremelique.
Como
meta para dar cumprimento ao segundo objectivo da aula, a Catarina foi
convidada para saltar com a Titã uma panorâmica vala de água, transposição que
ambas executaram com êxito e irrepreensivelmente.
A
procura de passagens estreitas norteou a aula, não porque a cadela se destine
ao salvamento ou ao resgate, mas para que a sua obediência possa estender-se ao
maior número de situações e alcance novos subsídios para a sua protecção e
sobrevivência. Na foto abaixo vemos o binómio a executar uma passagem estreita
plana ao nível do solo, também no intuito de tornar o “junto” irrecusável. Não
obstante, a condutora não está a pegar correctamente na trela.
De
acordo com o irrecusável crescendo operativo, o binómio foi depois convidado
para evoluir numa estreita superfície curva, passando do nível do solo para um
plano mais elevado. A Titã demorou a adaptar-se à novidade da superfície, mas
após algumas passagens conseguiu vencê-la tranquila e comodamente.
O
culminar deste trabalho aconteceu sobre uma rampa praticamente sem atrito, onde
o sucesso apenas dependia do ânimo e da velocidade imprimida à SRD, que ao
longo dos trabalhos foi repetidamente recompensada. Assim motivada, a Titã
depressa venceu aquela rampa.
A
partir de determinado momento da aula foi notória a falta de extensão nos
saltos da Titã, particular associado ao pormenor morfológico da sua dona, à sua
postura tensa e contraída e possivelmente ao tipo de treino físico a quem vindo
a ser sujeita, eventualmente melhor em impactar do que em alongamentos. Para
levar de vencida a impropriedade, a cadela foi amiudadas vezes convidada para a
transposição de bancos de jardim, condicionando a sua dona a um diferente
empenho físico.
Vencidos
os bancos de jardim de modo apropriado, o binómio foi convidado para a
transposição de obstáculos verticais artificias de superfície irregular, cuja
área a transpor se elevava a 60 cm do solo. Para melhor apresentar e ajudar a
Titã nestes saltos, os primeiros aconteceram à trela.
Depois
da SRD transpor confiante e com alegria aqueles obstáculos de ferro, destinados
a serem usados pelas crianças, foi pedido à Catarina que a conduzisse somente
com a trela pendurada aos ombros, dispensando em absoluto o uso das mãos.
Conforme se esperava, a Titã respondeu afirmativamente aos desejos da dona,
mercê do acerto desta e do contribuo da suas memória mecânica e afectiva,
porque mais uma vez houve lugar à recompensa.
Para
o necessário reforço da liderança da Catarina, a Titã foi ainda convidada para
ultrapassar uma oliveira com os troncos dispostos em fisga, salto natural que
substitui a vertical cruzada nas pistas tácticas. Aqui a SRD intimidou-se com
os troncos e a dona demorou a adaptar-se ao trabalho exigível. Todavia, a
cadela acabou por vencer aquele salto já em liberdade.
O sucesso do binómio Catarina/Titã ficou a dever-se em parte à colaboração do binómio Paulo/Bohr, que voluntariamente se prontificou em ajudá-lo. Ainda que na foto abaixo se destaque o empenho da Catarina e o extraordinário desempenho da sua cadela, não se pode ignorar a colaboração do Paulo e do CPA Bohr para o seu sucesso, porque ambos se deitaram no banco para que a Titã executasse um requisitado salto em extensão, o dono sobre o banco e o Pastor Alemão debaixo dele.
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