Quem
quiser abraçar a carreira de adestrador profissional de cães, terá logo à
partida que decidir para quem irá trabalhar, se para a classe média, menos
endinheirada e ciclicamente sacudida pelos ventos da inflação, se para os mais
ricos e famosos, para quem as crises económicas podem ainda gerar-lhes mais
riqueza. Para a ELITE
PROTECTION DOG, uma equipa de elite internacional de criadores
de cães de protecção, com 35 anos de experiência no adestramento, incluindo um
grupo de treinadores profissionais de cães, sediada em Londres e sempre
apostada em criar super-cães, a escolha certa só podia ser uma – trabalhar para
os mais ricos – vendendo-lhes cães na ordem das dezenas de milhares de libras
cada um, animais que são vendidos já treinados. Um dos seus últimos clientes
foi o ciclista britânico Mark Cavendish, 34 vezes vencedor do TOUR DE FRANCE,
que já lhes havia comprado um cão e que agora, após ser assaltado, decidiu
comprar-lhes um segundo.
Romario
Henry e Ali Sesay foram condenados por roubo e sentenciados à prisão no CHELMSFORD CROWN COURT no
mês passado, depois de terem assaltado a casa de Cavendish em novembro de 2021. No
passado mês de janeiro, o tribunal foi informado de que a dupla invadiu a casa de
cara tapada e que aplicou uma chave de braço em Mark Cavendish, ameaçando-o com
uma faca na garganta. Depois disso, os ladrões obrigaram a família a entregar telemóveis,
um cofre e dois relógios Richard Mille, respectivamente no valor de 400.000 e
300.000 libras, entre outros objectos de valor. Peta Cavendish, a esposa do
ciclista, disse ao tribunal que este acto criminoso "transformou uma casa
de família amorosa numa constante recordação de ameaça e medo", adiantando
ainda que o casal pensou em vender a propriedade "devido ao medo
contínuo", mas que não fez porque sofreria uma "perda
considerável" atendendo à actual situação económica (o Reino Unido está a
passar por dificuldades). Ao comprar os cães à Elite Protection Dogs, Cavendish
veio juntar-se a um grupo de desportistas famosos, incluindo jogadores de
futebol da Premier League, como são os casos de Hugo Lloris e Emiliano
Martinez, entre outros.
Enquanto isso, nós continuamos por cá a explicar (vezes sem conta) que os cães são especialistas em ler a linguagem corporal ao invés de serem versados em semântica, o que apesar de fazer todo o sentido, parece difícil de entrar na cabeça de alguns, que ao falarem com os cães dizem uma coisa e o seu corpo outra, lançando-os em confusão.
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