Não
é garantido que um estranho possa agarrar cães desconhecidos, por mais
amigáveis que lhe pareçam, sem ser mordido, porque os nossos amigos de quatro patas
conhecem os seus líderes e resistem à autoridade de quem pretenda passar-se por
eles – os embusteiros – normalmente gente avessa à ciência, movida por
impulsos, confiada e convencida que o mal só acontece aos outros como se
vestisse uma capa de super-herói, presumindo que os cães são todos iguais e que
em si mora o saber que os conquista indistintamente. Mais cedo do que o esperado,
por força do seu engano, pessoas assim tendem a ser encaminhadas para o hospital
ou a serem ali autopsiadas – NÃO
META AS MÃOS EM CIMA DE CÃES ESTRANHOS!
Há
sensivelmente três dias atrás, na cidade de Kearns, no estado norte-americano
de Utah, quando se encontrava a conduzir o seu carro, Marissa Bowen deparou-se
com dois cães que corriam soltos na rua. Temendo que viessem a ser atropelados,
a dita senhora parou o seu carro e correu para eles, que de imediato lhe
lamberam as mãos e consentiram que lhes coçasse a cabeça. “Inesperadamente”, os
cães atacaram-na, deitaram-na ao chão e arrastaram-na pela calçada, acabando
Marissa Bowen ferida nos pés, pernas e braços.
Quando os cães lhe atacaram a cabeça, um motorista de autocarro correu em seu auxílio, conseguindo distrair os cães e levar a senhora para dentro daquela viatura de transporte público, fuga que ainda mais acirrou os cães e que os levou a atacar o autocarro, chegando mesmo a arrancarem uma das escovas limpa pára-brisas.
A família de Bowen criou um GoFundMe para
lhe pagar as contas médicas e hospitalares. Na passada quarta-feira, dia 22 de
março, a Autoridade de Trânsito de Utah homenageou como um herói da comunidade
Nick Papas, o condutor do autocarro que acabou por salvar a vida a Marissa
Bowen, não se sabendo ao certo qual o destino dado aos cães pelas autoridades.
Julgo que depois desta horrível e traumatizante experiência, Marissa não vai
voltar a parar o seu carro para agarrar cães desconhecidos, mesmo que estes
corram algum perigo!
PS: É evidente que existem formas mais correctas para se abordar cães desconhecidos, capazes inclusive de proteger os seus interventores, mas nenhuma delas será válida para aquele que sentir ou demonstrar medo.
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