Depois
que o mercador veneziano Marco Polo viajou para o Oriente no Séc.XIII, com a
divulgação das suas narrativas, a China ficou conhecida como uma terra de
coisas mirabolantes (do “arco-da-velha” como diriam os saloios), extraordinariamente
exóticas e por isso mesmo capazes de atrair a ambição de todo e qualquer
comerciante. Disto resultou uma frase idiomática que sobreviveu até aos dias de
hoje – NEGÒCIO DA
CHINA – que também se aplica a um negócio em que se leva
vantagem. JAMES JONES,
da cidade galesa de RHAYADER, parece ter alcançado um negócio deveras vantajoso ao vender a sua cadela pastora de 22
meses – BRONDREFAWR MISTY –
numa venda online de cães pastores de trabalho pela módica quantia de 6.200 € .
Este pretenso negócio da China veio afinal do Japão, de um comprador nipónico que é
também ovinicultor.
Trata-se do senhor SHINJRO KIGAWA, da Deergrove Sheepdogs em Shizouka, na ilha Honshu, cidade na costa sul do Japão com vista para o Monte Fuji, onde tem um rebanho misto de ovelhas Suffolk e Cheviot, híbridas que provavelmente melhor se adaptaram às amplitudes térmicas daquele país insular. 6.200 € pode parecer muito dinheiro para se dar por um cão, mas quando comparado com o preço médio de um cão de protecção, a rondar os 20.000 €, já não parece nenhuma exorbitância! O preço da cadela pode ser equivalente ao de um pequeno tractor agrícola, só que a máquina não se presta a guiar, a manobrar e a ajuntar o gado. O japonês precisava de um cão de trabalho e o criador da cadela não irá alterar radicalmente a sua vida com os 6.200 € que recebeu. Quiçá poderá ir com a sua companheira até ao Japão para visitar a Brondrefawr Misty, mas tirado o preço das passagens, não se poderá alongar muito tempo por lá!
Dito isto, com a cadela com provas dadas, quem fez o “negócio da China” foi o japonês!
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