quarta-feira, 1 de abril de 2015

ACAUTELAR A DEFESA PARA REPELIR O ATAQUE

Neste cantinho guardado à beira mar, na Primavera e no Verão, os insectos voltam em força, facto há muito conhecido pelas aves migratórias insectívoras que todos os anos nos visitam, vindas de toda a parte rumo ao Mediterrâneo, como é o caso das andorinhas que se vêem obrigadas a atravessar o Deserto do Sahara. A proliferação de insectos voadores nestas Estações do Ano é muito elevada, havendo-os de muitas espécies e de diferentes graus de perigosidade, tanto para as pessoas como para os animais, merecendo especial atenção aqueles cujas picadas, para além de urticária, podem causar choques anafilácticos nas suas vítimas. Destacam-se entre eles as vespas e as abelhas, quer sejam autóctones, híbridas ou invasoras, assim como alguns insectos terrestres de picada dolorosa e idêntico efeito. Importa dizer sobre as vespas que cada vez são mais e de diferentes espécies, já que às comuns que por cá havia se juntaram a asiática e a gigante japonesa, insectos maiores, mais aguerridos e com maior ferrão, contribuindo todas a morte dos enxames das abelhas.
Algo novo está a suceder com as abelhas por toda a Europa: estão a abandonar as florestas e os campos e a enxamear nas cidades, onde livres dos pesticidas que devastaram e continuam a devastar a flora silvestre, encontram flores limpas para se saciarem, alcançando com isso melhor mel do que o obtido nas zonas rurais, muito embora a migração das abelhas em Portugal se fique mais a dever à desertificação, ao desmatamento e ao calor que obrigam à procura de alimento, sucedendo ciclicamente casos resultantes do excesso de população nas colmeias, como sempre sucedeu. Por via disto ser proprietário ou morar perto de um jardim pode ser uma ameaça para a sua saúde e do seu cão, que poderão vir a ser ferrados inadvertidamente, particularmente se ambos forem alérgicos às suas picadas, confronto que a ninguém serve, porque sofrem as picadas e as abelhas acabam por morrer. Uma das coisas que mais atrai estes insectos nos dias de maior calor é a procura de água, que geralmente encontram nos bebedouros dos cães e debaixo de torneiras mal vedadas, situações que exigem cuidado e devem ser ultrapassadas para a supressão dos riscos.
Temos como prática e disso fazemos conselho, proteger os cães na Primavera e no Verão com as pipetas, com as coleiras antiparasitárias e repelentes de insectos, reforçando-as ordinariamente nos dias de maior calor ou nos passeios ao campo com uma pulverização dum produto próprio para esse fim, de uso humano ou animal, cujo princípio activo seja compatível com o presente na coleira. Em simultâneo, aconselhamos o uso de um stick ou spray repelente de insectos para os condutores caninos em excursão. Há poucos dias atrás, uma família residente em Santa Ana, Califórnia/USA, perdeu os seus três Pastores Australianos devido a um ataque de abelhas, dando com eles mortos ao chegar a casa, animais que eram tratados como filhos por não terem nenhum, o que lhes causou profundo desgosto. Infelizmente, nenhum cão em Portugal está livre de lhe suceder o mesmo, o que torna a prevenção obrigatória diante de casos destes. Meio enxame em fuga atrás de uma rainha velha, que não usou enfrentar a nova dentro da colmeia, é mais do que suficiente para matar uma criança ou um cão se porventura lhes cair em cima (não terão melhor sorte se forem também atacados por um enxame de vespas). A situação requer dos donos atenção e cuidado, para não irem de charola para o veterinário, com o cão inchado e debaixo de um choque anafiláctico. E porque estamos na Primavera e importa proteger cães e donos, convidamos os nossos leitores para a leitura do texto “ALERTA VÍBORA: PROCEDIMENTOS ESCOLARES E DOMÉSTICOS”, editado neste blog em 28/01/2010. 

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