Quem for de carro por essa
Europa fora e levar o seu cão consigo, à medida que se vai aproximando do
coração do Velho Continente, começa a notar profundas diferenças no tratamento
dado aos cães. Se por acaso tomar o sentido contrário e atravessar o
Mediterrâneo, também as sentirá, mas para pior, havendo países que nem querem
ver cães por perto, o que para mim não é causa de espanto, até porque ir à casa
de banho na Mauritânia, na maioria das localidades (mesmo nalgumas ditas
“cidades”), é fazer um buraco na areia e aliviar-se. Visitar a Europa e não ir
a Viena é como fazer turismo e não sair do quarto do hotel. Ir à Capital da
Áustria é tomar um banho de cultura, reviver e conhecer a história por detrás
da Europa tal qual a conhecemos hoje, observar a fusão entre a arte o trabalho,
sentir o pulsar da Europa Central, redescobrir doces tradições e velhas
harmonias que o Danúbio ainda testemunha e que se foram perdendo ao longo do
tempo.
Lá, à porta da maioria dos supermercados e doutras lojas, como se pode
ver na fotografia acima, existem postes de prisão para os cães, que ali ficam
em segurança, enquanto os seus donos se aviam, coisa bem diversa do que
acontece por aqui, onde os proprietários caninos, à falta de melhor, se vêem
obrigados a prender os seus cães às maçanetas e dobradiças das portas dos
estabelecimentos comerciais ou aos postes dos sinais de trânsito. Será que as
diferenças de tratamento dadas aos cães também espelham a tal da “europa duas
velocidades”? Como somos optimistas, queremos acreditar que brevemente viremos
a ter postes destes, provavelmente por iniciativa privada, porque as autarquias
já tiveram melhores dias! Resta dizer que a cadela retratada sentiu-se
incomodada pela presença da fotógrafa, uma amiga alcunhada de “boa morte” mas
que sempre nos traz novidade de vida. Joana manda mais!
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