O garoto da foto acima foi surpreendido a conduzir a sua cadela pelas
ruas de Salzburgo (Áustria), perfeitamente feliz e descontraído, sem ser
rebocado pelo animal. Não por esta foto mas por outras que nos chegaram,
julgamos tratar-se de um pirralho a rondar os 3 anos de idade, seguido de perto
pela mãe, enquanto desfilava vaidoso pela calçada. A foto remete-nos para a
condução à trela e para os seus cuidados, pois deseja-se que todos os cães,
depois de devidamente ensinados, tenham uma condução suave, segura e por demais
agradável, que possibilite a sua entrega a crianças desta idade sem percalços
de espécie alguma. A condução alinhada pelo dono é o primeiro dos trabalhos do
adestramento, constituindo-se na sua pedra basilar e esqueleto dos restantes
conteúdos de ensino.
Todo o cão que puxa à trela revela um ensino precário ou mal conseguido,
que pode tornar-se perigoso, por induzir à estafa e obrigar a cuidados
desnecessários, atentando contra o bem-estar do animal e pondo em risco a
integridade do seu condutor. Ademais, não se consegue esconder o desencanto dum
cão que resiste desalmadamente à trela! O alcance do “junto” irrepreensível,
para além da acuidade técnica e da sensibilidade necessárias, encontra-se
ligado a três acções do seu condutor, a saber: à entoação dos comandos, ao modo
como usa o corpo e também à sua frequência respiratória. Quanto melhor for o
“junto”, mais fácil se tornará o ensino do cão. Quem terá ensinado a cadela do
garoto? De certeza que não foi ele mas quem o fez está de parabéns!
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