quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

ATHOS: DALŠÍ HERO

Quase sem darmos por isso, os cães continuam a ir para a guerra, a ser heróis e vítimas como os soldados que os acompanham, fazendo-se presentes em quase todos os conflitos que deflagram no Globo, mesmo naqueles de combates mais encarniçados, auxiliando os esforços de guerra das nações beligerantes e poupando vidas humanas. Recentemente, foi condecorado outro canino como herói de guerra, o Cão Pastor Alemão Athos, de 4 anos de idade, conduzido por Rostislav Bartončík, adestrado para a detecção de bombas, destacado para o Afeganistão e pertencente ao Exército Checo, onde a 30 de Setembro de 2012, na província de Logar e dentro da Base Aérea onde se encontrava aquartelado, foi severamente ferido por um míssil lançado pelos Taliban, que deflagrou sobre o seu canil. A recuperação do Athos foi morosa e não dispensou algumas intervenções cirúrgicas, ficando a dever-se ao empenho dos médicos norte-americanos, que o trataram de modo inexcedível, tanto no terreno como na Base Aérea de Ramstein (Alemanha), para onde foi transferido depois, tratando-o como herói de guerra e pondo os seus cães à disposição para as necessárias transfusões sanguíneas, ainda que no início duvidassem da sua sobrevivência.
Ao regressar à República Checa, o Athos foi condecorado como herói de guerra pelo Ministro da Defesa, Vlastimil Picek, que enalteceu a participação dos Cães de Guerra como “amigos insubstituíveis dos soldados”, já que nenhuma das mais avançadas tecnologias se presta à sua substituição. O Athos recebeu como recompensa uma condecoração, uma nova coleira de couro e um suculento osso de búfalo, sendo-lhe concedido o estatuto de veterano de guerra em função das suas lesões. Caso consiga vencer as provas a que irá ser submetido, não se manifestando danos permanentes, o cão será novamente reintegrado nas fileiras (melhor seria que o dispensassem!). O Athos é mais um entre milhares, que continua a engrossar a lista dos heróis militares caninos, onde ao longo de um século, os Pastores Alemães se destacaram pela sua abnegação, variedade de missões e serviços, enquanto “mosqueteiros” às nossas ordens. E nesse sentido, Athos é um nome que assenta como uma luva para qualquer cão. Graças ao sucedido e à extraordinária recuperação empreendida pelo cão, o Sargento Rostislav Bartončík saltou do anonimato, segundo a velha máxima: “há males que vêm por bem”. 

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