quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OS HOMENS DE HOJE: ETERNAMENTE CÃES UNS PARA OS OUTROS!

Para que não restem dúvidas e para quem ainda não compreendeu, a ruína dos países arrolados pela presente crise económica, deve-se à necessidade de riqueza dos países exploradores e dominadores, que vão mantendo a sua hegemonia à custa de dívidas programadas, impondo sem qualquer pejo a austeridade aos outros, que são obrigados a aceitá-la pela subserviência e vassalagem dos seus regimes corruptos, como é o nosso caso, onde sobram políticos fantoches e vendidos, tal qual assassinos a soldo. Dirão os adeptos das “meias tintas”, repasto essencial para quem nos mata, que o termo “assassinos” é demasiado, porque não se rebelam contra a corja e contra a canga que a todos induz à morte inglória, ainda que estejam na mesma fila pró matadouro, a contar quantos têm na frente, esperançados que a matança cesse antes de chegar a sua vez. E se sobrarem dúvidas quando à natureza destes governantes, vale a pena perguntar: quem obrigou os pais a resgatarem os filhos pelos trilhos da emigração? Quem deixa os velhos à sorte e sem medicamentos? Quem lhes emagreceu as suas já magras reformas? Quem fomentou o desemprego? Quem condenou as famílias à míngua? Quem encerrou escolas e quem deixa morrer os doentes nos hospitais sem assistência?
Provavelmente os “vendilhões de sonhos”, os mesmos que engordam como nunca, que escapam às malhas da justiça e que pactuam com toda a sorte de usurários, especuladores e vigaristas! Sim, os campos de extermínio estão de volta, são auto-sustentáveis como os do passado e menos dispendiosos, porque os juros são pagos até que cada um morra no seu próprio canto, cabendo aos que estão ao seu lado despachá-lo pelos meios ao seu dispor. Dirão ainda que estamos diante dum processo natural, o que não nos suscita qualquer dúvida, diante da doutrina evolucionista, da lei do mais forte e do retorno à eugenia negativa pelo poder económico. Seremos cães, apesar de os haver com melhor sorte? Mais depressa se sociabilizarão mil cães entre si do que se ensinará a fraternidade a um só homem!
Nenhum regime ou modelo político será capaz de valer aos homens por igual, sem que primeiro haja uma revolução dentro de cada um de nós, que nos permita entender os outros como parte integrante de nós mesmos, modelo de vida que tardamos em aceitar e que há muito foi revelado. Se eu tiver dois cães e não interferir no seu relacionamento, um não subjugará o outro? Assim procedem também os homens nas suas politiquices! Se a sociabilização canina é garantida por um modelo que lhe é externo e que advém do concurso da liderança, do mesmo modo, a fraternidade entre os homens necessitará de um modelo para além dos seus percalços, diante do qual todos seremos aceites ou rejeitados, sendo todos ao mesmo tempo devedores por idêntica condição, o que nos projecta para a Pessoa e Obra de Jesus Cristo – o autor da nossa salvação, Aquele que disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Só o modelo Divino poderá libertar-nos de toda a injustiça, a que sofremos e a que provocamos, perdoar e suportar os algozes do presente, procurar a fraternidade, valer a este mundo e acreditar num mundo vindouro incomparavelmente melhor.

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