É falsa toda a avaliação interdisciplinar cinotécnica que julgue apenas
a prestação canina, desconsiderando o papel dos seus condutores ou treinadores,
porque a natureza do trabalho é binomial, os cães agem por reflexo, possuem
poucos instintos e não os seguem cegamente, ficando a dever o acerto a quem os
conduz e o êxito a quem os lidera, assim como o “seu” possível desacerto ou
desaire. Atribuir uma nota ao cão e não atribuir nenhuma ao seu condutor, é uma
mentira que a ninguém serve, porque se desconsidera a causa e apenas se julga o
efeito, como se a técnica não contribuísse para o resultado. Enquanto
persistirem julgamentos deste tipo, arbítrio de descarado especicismo, a
evolução dos cães será menor pelas sofríveis aptidões dos seus treinadores, que
não sendo reparadas e melhoradas, serão injustamente averbadas aos animais.
Falta às distintas provas caninas, à imitação do que sucede nas provas de
ensino equestre, uma “nota de conjunto”, onde os requisitos técnicos dos
condutores seriam também objecto de avaliação.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
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