quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

VALE BEM A PENA!

 

Na madrugada do passado sábado, dia 11 do corrente mês, na cidade de Annecy, capital do departamento francês de Haute-Savoie, na região de Auvergne-Rhône-Alpes, um cão solto atacou um cisne no Pâquier, às margens do lago que banha a cidade. Socorrido pelos bombeiros, o palmípede acabou por sucumbir aos ferimentos no Domingo, na clínica veterinária para onde foi levado (clínica Sillingy). Segundo informações recolhidas por um jornal, o cão encontrava-se solto naquela área, muito embora fosse obrigatório que circulasse atrelado naquele espaço verde, onde os cisnes, que são espécie protegida, são numerosos e por ali perambulam.

À hora da morte do cisne, o dono do cão ainda não tinha sido identificado (pôs-se ao fresco) e este não seria o primeiro ataque deste género. Perante o ocorrido, a septuagenária cantora francesa Stone, também cavaleiro de la LÉGION d’HONNEUR e porta-voz da associação Stéphane Lamart para a defesa dos direitos dos animais, alertou François Astorg, Maire da Cidade (presidente da câmara) para o perigo que correm os cisnes. Numa carta enviada no início do mês passado, ela pediu à edilidade local que mandasse instalar placas para lembrar os donos dos cães da obrigação de manterem os seus animais atrelados.

Se os franceses forem como alguns portugueses, que são cegos selectivos, que respeitam só à sua vontade e inclinações, borrifando-se sistematicamente no interesse comum e no bem-estar alheio, bem que o Maire de Annecy pode encher as margens do lago de placas que os ataques aos cisnes não cessarão, porque há indivíduos que precisam constantemente de ter um polícia atrás deles.

Monsieur le Maire, Excellence, guarde as placas para fazer uma linda canoa, convide a anciã cantora para passear nela e aumente o policiamento na área, subsidiando-o com câmaras de vigilância, para além de providenciar um local próprio para os palmípedes se poderem proteger dos cães e de outros predadores similares. Quando a advertência não chega, só a coerção resulta. Portugal e a França, como o resto da Europa, estão irreconhecíveis e não se reconhecem!

PS: O respeitável senhor François Astorg deve ser um político honesto, porque os vilões cuidam melhor da sua imagem e têm por norma melhor aspecto. “Joyeux Noël” para ele e paz para os cisnes.

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