quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

CORTA!

 

Apesar de não fazermos grande alarde disso, a Acendura Brava tem algum historial de participação em séries televisivas e em publicidade, experiência que nos leva a transmitir aos nossos alunos o saber adquirido no mundo da ficção. Fazemo-lo para valorizar os seus cães, criar-lhes novas oportunidades e prepará-los para a novidade de desafios. No mundo das filmagens há sempre um 1º assistente de realização que funciona como elo de ligação entre o realizador e os actores, cabendo-lhe dar início às cenas (“prontos para gravar…Acção!”), e cortá-las ou encerrá-las (“Corta”). Quando é necessário reiniciar as gravações, porque algo não correu conforme o esperado, logo o 1º assistente diz: “Corta!”

Ontem procedemos a duas “cenas”: a guarda de uma barraca de feira e um pretenso assalto a uma senhora, ambas merecedoras de um “Corta” porque foram mal concebidas pelos binómios, que estão obviamente a treinar para melhorarem as suas prestações. Na guarda da barraca de feira (no GIF seguinte), a cadela CPA Luna reagiu tardiamente, obrigando o ladrão a repetir as suas intenções, simplesmente porque o seu condutor precisava de se encontrar num plano mais elevado para a incentivar prontamente.

Na cena do assalto (no GIF abaixo), que aparentemente, devido ao ângulo da câmera, parece ter corrido bem, o cão tentou primeiro agredir a vítima e só depois o assaltante. Foi por essa razão que o cão foi num primeiro momento puxado para trás do seu condutor. Se na primeira cena faltou incentivo, na segunda faltou travamento, precisando a cadela de maior prontidão e o cão de uma obediência inquestionável, acertos só possíveis pelo rigor, saber e aplicação dos líderes.

Ao encenar estas duas acções, que muito agradaram aos cães, estivemos simultaneamente a treinar para coisas mais sérias. Os donos, por sua vez, participaram alegres nesta representação e simulacro, mostrando-se disponíveis e interessados. Há que agradecer a dona da barraca, que também fez de assaltada, e aos eventuais figurantes. Ontem houve tempo para a ficção e de ensaio para a realidade.

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