O
que nos leva a ter cães de busca, resgate e salvamento é o aproveitamento do
excelente faro que estes animais têm, olfacto altamente desenvolvido que também
se presta a limitar o seu acesso a determinados espaços e até a afastá-los de
determinadas pistas ou procuras, pelo que saber quais os odores que o seu cão
detesta torna-se importante. Como não me interessa dar subsídios para
terroristas e bandidos, irei só debruçar-me sobre os odores que os cães
normalmente odeiam para usá-los como repelentes naturais, no intuito de limitar
o seu acesso, através de soluções seguras, a determinados quartos ou certas
áreas de jardim. A lista dos odores que se segue não advém de uma busca
exaustiva e sempre há cães que conseguem suportar algum odor reconhecido como
repelente natural.
VINAGRE BRANCO.
O vinagre branco é um produto de limpeza natural já usado pelas nossas bisavós.
Permite remover manchas da loiça, combater os maus odores e é um repelente
natural. Para o utilizar, basta misturar 5 cl de vinagre diluído num litro de
água. Para aumentar o efeito deste repelente natural, pode adicionar limão para
os interiores e alho para o exterior. O LIMÃO, tal
como o vinagre branco, é bom para limpar superfícies e é também um repelente
natural sendo muito fácil de usar. Pode cortá-los em quartos e colocá-los no
quintal para manter o cão longe das áreas que lhe são interditas. Para usá-lo
em casa, esprema o sumo de um limão e dissolva-o um litro de água, borrifando
depois as divisões da casa que não quer ver invadidas. A toranja também tem um
odor desagradável para os cães, pelo que poderá ser usada para o mesmo fim.
A PIMENTA é para nós um delicioso condimento, mas cheirá-la para os cães pode ser uma agressão e tanto. Se não quer que o seu cão fique no seu sofá ou tapete favorito, basta misturar duas colheres de chá de pimenta num litro de água, polvilhando em seguida tudo o que tudo o que precisa de polvilhar, tanto dentro como fora de casa, nos locais onde não quer que o animal chegue. A MOSTARDA, tal como a pimenta, não é do gosto dos cães. Para explorar o condimento, use-o como fez com a pimenta, misture duas colheres de chá de mostarda com um litro de água e borrife. Mas atenção, ao contrário da pimenta, a mostarda só pode ser usada ao ar livre porque em casa pode manchar paredes e tecidos.
O ALHO é também um
excelente repelente. No entanto, o seu cheiro pode ser insuportável,
especialmente porque é imperativo deixar os seus dentes a macerar pelo menos
duas semanas. Sendo assim, o alho só pode ser usado no exterior, nos quintais e
jardins. Par reforçar o poder da mistura é possível adicionar mais alho e uma
mistura de água e vinagre.
O CAFÉ, especialmente o seu pó, tem um odor que os cães odeiam, podendo ser usado para manter seu companheiro de 4 patas longe das áreas do jardim que lhe são interditas. Em casa, basta colocar xícaras com pó de café para evitar que seu cão entre num quarto ou parte da casa.
O SABÃO
EM PÓ deixa bom cheiro na roupa e perfuma a casa. No
entanto, os cães não gostam desse cheiro tão agradável perto das suas narinas.
Você pode, portanto, polvilhar os espaços exteriores proibidos ao cão. Para
obter a eficiência ideal, considere o uso de um detergente com um perfume
forte. Pode ainda usar sabão em pó, mas a eficiência não é tão boa.
Não tratei aqui do uso dos óleos essenciais para o mesmo efeito (como repelentes) porque eles têm os seus limites e podem ser tóxicos para os cães. Não tratei igualmente dos repelentes industriais porque assim como uns obedecem a fórmulas naturais, outros há que são altamente lesivos para a saúde dos cães, nomeadamente os que contêm amónia, enxofre ou álcool doméstico. Infelizmente há por aí muita gente que tem por hábito largar enxofre junto às suas casas e lojas para evitar que os cães ali urinem, prática que atenta contra o bem-estar animal e que é extremamente perigosa para as crianças. Alguns perfumes humanos podem funcionar como repelentes caninos e fundamentar inimizades entre quem os usa e quem os detesta, assim como dificultar ou criar entraves à unidade binomial.
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