quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

“QUIETO INVERTIDO” E TRELA DE EXTENSÃO

 

Pela sua docilidade, se o CÃO DE ÁGUA PORTUGUÊS (CA) evidenciasse maior disponibilidade, fosse mais concentrado e tivesse outra solidez de carácter, daria um excelente cão-guia, mas jamais seria um Cão de Água como o conhecemos, brincalhão, desnorteado e invariavelmente concentrado nos seus próprios interesses, um chantagista de nomeada capaz até de se fazer doente quando algo não lhe agrada, para além de senhor de muitas manhas e de umas quantas palhaçadas.

O nosso CA Oliver é assim também, só está bem aonde não está, é muito distraído, corre para toda a gente, põe-se em fuga do pé para a mão e adora brincar à apanhada com os donos, que obviamente são gente simpática, razões mais do que suficientes para lhe instalarmos os comandos de “quieto” e “aqui” pelo contributo de uma trela extensível e do “quieto invertido”. O “quieto invertido”, conforme se pode ver na foto acima, consiste em chamar o cão pela retaguarda e não frontalmente, para o surpreender quando está distraído e condicioná-lo a vir sempre que é chamado. No GIF seguinte a execução do “aqui”.

Recorremos à trela extensível para garantir o comando de “aqui” e agilizar o comando de “roda”, que acontecem assim naturalmente e sem qualquer atropelo, como convém, deslocando-se o animal célere e em linha recta, rodando mais perto das pernas do seu condutor. É isso que podemos verificar no GIF abaixo (a menina não trocou de mão a caixa da trela como convinha).

E foi isso que andámos a fazer ontem à noite, com o frio a pairar, as pessoas escondidas em casa e embrenhados num deserto de luzes de Natal, que tiradas do contexto, lembram as pequenas luzes multicolores que tipificam qualquer Chinatown. Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Inês/Oliver e Paulo/Bohr. Notámos a falta da bela Débora e do seu sedutor cãozinho (Kiko). Uma vez cumpridos os objectivos propostos pelo trabalho, regressámos a casa enregelados mas felizes. 

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