Pela
sua docilidade, se o CÃO
DE ÁGUA PORTUGUÊS (CA) evidenciasse maior disponibilidade,
fosse mais concentrado e tivesse outra solidez de carácter, daria um excelente
cão-guia, mas jamais seria um Cão de Água como o conhecemos, brincalhão,
desnorteado e invariavelmente concentrado nos seus próprios interesses, um
chantagista de nomeada capaz até de se fazer doente quando algo não lhe agrada,
para além de senhor de muitas manhas e de umas quantas palhaçadas.
O
nosso CA Oliver é assim também, só está bem aonde não está, é muito distraído,
corre para toda a gente, põe-se em fuga do pé para a mão e adora brincar à apanhada
com os donos, que obviamente são gente simpática, razões mais do que
suficientes para lhe instalarmos os comandos de “quieto” e “aqui” pelo
contributo de uma trela extensível e do “quieto invertido”. O “quieto invertido”,
conforme se pode ver na foto acima, consiste em chamar o cão pela retaguarda e
não frontalmente, para o surpreender quando está distraído e condicioná-lo a
vir sempre que é chamado. No GIF seguinte a execução do “aqui”.
Recorremos
à trela extensível para garantir o comando de “aqui” e agilizar o comando de “roda”,
que acontecem assim naturalmente e sem qualquer atropelo, como convém,
deslocando-se o animal célere e em linha recta, rodando mais perto das pernas
do seu condutor. É isso que podemos verificar no GIF abaixo (a menina não trocou
de mão a caixa da trela como convinha).
E foi isso que andámos a fazer ontem à noite, com o frio a pairar, as pessoas escondidas em casa e embrenhados num deserto de luzes de Natal, que tiradas do contexto, lembram as pequenas luzes multicolores que tipificam qualquer Chinatown. Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Inês/Oliver e Paulo/Bohr. Notámos a falta da bela Débora e do seu sedutor cãozinho (Kiko). Uma vez cumpridos os objectivos propostos pelo trabalho, regressámos a casa enregelados mas felizes.
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