quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

QUEM TE MANDA A TI, SAPATEIRO, TOCAR RABECÃO

 

Exceptuando circunstâncias especiais advindas de situações extraordinárias ou relativas a algum tipo de surpresa, quando os cães de alguém se atacam mutuamente, estamos perante animais que não reconhecem a autoridade e a liderança dos seus donos, não hesitando, se for caso disso, em atacá-los também. E, quando assim acontece, a culpa é dos donos por não conseguirem controlar os seus cães. Homens e cães não são todos iguais, pelo que não há cães para todos os donos, nem donos para todos os cães. De que valerá fingir-me valente para um cão que é mais forte do que eu? Há cães que precisam de disciplina como de comida para a boca, que exigem donos seguros e experientes, próprios para subordiná-los, o que lamentavelmente não está ao alcance da vontade e do engenho de todos, como sucedeu com uma mãe e uma filha moradoras no município francês de Sucy-en-Brie no Departamento de Val-de-Marne, que se deram muito mal quando intentaram separar os seus dois American Staffordshires, anteontem, terça-feira, dia 14 do corrente mês.

Mãe e filha acabaram feridas, a primeira com maior gravidade. A mãe foi mordida na cabeça e num braço, a filha, uma jovem de 19 anos, foi mordida apenas num dos braços. Quando os bombeiros chegaram a mãe ainda se encontrava no chão. A polícia foi forçada a atirar num dos cães, que morreu instantaneamente, sendo o seu cadáver levado para a Escola Veterinária Maisons-Alfort. O outro, que já se encontrava trancado, foi enviado para a esquadra de Boissy-Saint-Léger. A mãe, gravemente ferida, foi atendida no Hospital Paul d’Egine, em Champigny, não correndo risco de vida. O que levou aquelas duas alminhas a adquirir dois cães daqueles? Esperariam algum milagre ou ainda acreditam no Père Noël? Ainda que alguns dos seus criadores possam afirmar o contrário, por norma, os Staffordshire não são cães para toda a gente, particularmente para quem dificilmente se aguentará com eles ou tremerá diante dos seus desejos. Deseja-se rápidas melhoras pràs senhoras e lamenta-se a morte do cão, que merecia melhores donos e outra sorte.

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