quinta-feira, 24 de setembro de 2015

UMA HISTÓRIA AINDA POR APURAR: A MORTE DE ELISABETH C. WRIGHT

PREÂMBULO: Como treinadores de cães experimentados negamo-nos a atribuir-lhes a responsabilidade nos acidentes que possam causar, porque não são tigres nem leões, vivem debaixo da dependência humana e podem ser usados para os mais variados fins, com ou sem treino específico, escondendo e consubstanciando por vezes os desejos criminosos dos seus donos. Quer se admita ou não, os acidentes com cães, quando o são, não escondem a incúria humana, sua causa primária e única responsável. Vamos aos factos:
Elisabeth Claire Wright, uma britânica natural de Surrey/Inglaterra, com 55 anos de idade, assistente de direcção escolar, foi encontrada sem vida e despedaçada na casa do seu marido, que havia ido visitar em Watamu, aldeia piscatória queniana no Índico. Segundo ele, um queniano de 31 anos de idade, durante a sua ausência por 24 horas, ocasião em que se dirigiu à vizinha cidade de Mombasa, a inglesa soltou inadvertidamente os 3 Rottweilers da casa, apesar de a haver alertado para não o fazer, vindo a morrer em consequência dos seus ataques. Até ao momento, a polícia não o considera suspeito da morte da mulher. Crê-se que Elisabeth Wright ao ouvir o ladrar dos cães, entendeu soltá-los para lhes dar de comer, acabando por se constituir no seu repasto. Segundo declarações proferidas pela sua mãe ao “The Telegraph”, Elisabeth já havia vivido anteriormente no Quénia com o seu marido, mas optou por voltar para Inglaterra e ir viver com os pais numa aldeia rural perto de Horsham, deslocando-se na ocasião para o visitar naquele país africano?!
Terá sido um acidente ou um crime premeditado? Só os cães nos podem dizer se uma coisa ou outra, caso ainda estejam vivos. De qualquer modo, sustentando-se a hipótese de Elisabeth não ter características suicidas, a sua ingenuidade brada aos céus e foi-lhe fatal, porque sendo desconhecida daqueles animais encerrados, “foi-se pôr-se na boca do lobo” ao soltá-los, sendo por eles entendida como estranha e invasora daquela casa, ainda mais na ausência do seu proprietário, uma vez considerada a hipótese de acidente. Poderia ser um crime premeditado? Sim, se a acção dos cães provir de condicionamento prévio. Não estamos com isto a dizer que foi o que aconteceu, mas a explicar como tal seria possível e como o comportamento dos cães o denunciaria. Devido à diferença de odores, uma caucasiana em África é muito fácil de marcar, uma vez que a maioria das pessoas é de uma etnia diferente e os cães bem depressa a identificarão. Para o deslindar do caso é importante saber se os cães foram treinados para atacar e se estavam condicionados a fazê-lo a quem lhes abrisse a porta, sendo este último caso confirmado pela reconstituição da tragédia. Na eventualidade dos cães agredirem indistintamente homens e mulheres, independentemente da sua etnia, é mais do que evidente que estavam acostumados a fazê-lo e que nunca foram objecto de repreensão ou reprovação, restando saber qual o motivo dessa permissão.
Caso a agressividade dos cães se venha a manifestar exclusivamente contra mulheres, o fenómeno só poderá resultar de duas causas e da sua associação: dum trauma e do seu aproveitamento (treino prévio). Se porventura só reagirem desse modo contra mulheres caucasianas, não parecem restar dúvidas: estamos na presença de um crime premeditado, ainda mais sabendo-se da possível predilecção da vítima por cães. Por repetição, aprovação e recompensa é possível accionar um ataque canino, que pode acontecer mediante rotinas previamente anunciadas, inocentes e sem perigo eminente, como pegar num telefone ou noutro objecto, entrar em determinadas dependências de uso comum, fazer uso de expressões ou palavras correntes, abandonar o território onde se encontram os cães sem pedir permissão aos donos e por aí adiante. Não temos dúvidas que muitos dos acidentes ocorridos com cães nunca o foram, sendo alguns deles crimes deliberados, na sua maioria invisíveis aos olhos dos comuns investigadores. Quer o ocorrido com Elisabeth Wright seja produto dum acidente ou resultado de um crime passional, o seu marido, o Sr. Fred Karisa, é o primeiro e único responsável pela sua morte, quer tenha agido por negligência ou intencionalmente. Ele sabia que os cães não eram de confiança, por isso avisou a inglesa para não se acercar deles. Pergunta-se: porque não os guardou a cadeado e levou as chaves consigo? Como se depreende, os 3 rottweilers são os menos culpados. Que a triste morte desta cidadã britânica sirva de lição para aqueles que intentam mexer em cães encerrados, porque nestas circunstâncias, devido à exiguidade do território, qualquer cão torna-se mais agressivo e intenta defendê-lo, particularmente se for territorial, desconhecer o abusador e o seu dono se encontrar ausente. Requiescat in pace Elizabeth (Rest in peace Elisabeth).

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