sábado, 12 de setembro de 2015

PONHAM A SÍRIA NA ORDEM ANTES QUE ELA NOS MATE A TODOS!

Será que estamos à beira do apocalipse? Ou já lá estamos ou falta muito pouco! O que esperarão os Senhores deste Mundo para porem a Síria na ordem: que ela nos mate a todos? A mãe de todas as guerras está à porta e se não for travada, ninguém escapará ileso. Quantas mães terão que sucumbir e perder os seus filhos, quantas crianças terão que dar à praia mortas, quantos terão que morrer para que alguém se mexa? Não terão os Estados Unidos e a Europa meios para resolver o problema sírio? Se a Turquia não serve para a União Europeia, pouco ou nenhum préstimo terá para a solução do conflito, já que mais lhe interessa matar curdos que terroristas, será ela uma aliada ou parte do problema? A solução para a catástrofe humanitária não se resolve com o acolhimento dos refugiados mas com a pacificação dos seus países, para que ali possam viver em segurança, justiça que tarda em acontecer e que os leva a desafiar a morte tanto em terra como no mar. De que estaremos à espera para esmagar os califados do estado islâmico, da vontade dúbia de algum estado muçulmano “amigo”, dominado por dinastias erigidas pela corrupção e sustentadas pelos interesses das nações ocidentais? Que casta de políticos temos hoje? Serão cegos, surdos e mudos ou parte da mesma desgraça? Satisfar-nos-á salvar alguns milhares diante dos milhões que poderão vir a morrer?
Acolher tão grande número de refugiados é uma medida emergente e atabalhoada para a qual a Europa não estava e ainda não está preparada, que possivelmente fará ressuscitar dentro das fronteiras de cada país ódios antigos e que nalguns casos poderá levar a conflitos e convulsões sociais graves, que poderão a breve trecho pôr nações aparentemente estáveis a “ferro e fogo”, enfraquecendo-as até se tornarem vulneráveis e presa fácil às mãos de outras que, menos humanitárias e solidárias, espreitam acoitadas a oportunidade para alcançarem o poder. Para todos os efeitos, para o melhor e para o pior, a Europa está em queda e a ser gradualmente colonizada por quem não soube erigir e conservar a paz nos seus países de origem, plebe que por si mesma é um foco de instabilidade e menos apta para aceitar os valores culturais que nos trouxeram a prosperidade, e caso ela acabe, seremos todos refugiados. Com a guerra à porta, parece que em vão fomos combater para longe.
Dir-se-á que a Europa está a pagar pelo que fez, enquanto metrópole dos grandes impérios intercontinentais do passado recente, o que a ninguém parece suscitar dúvidas, mas render-nos-emos diante deste ajuste contas? Esconder-nos-emos debaixo da cama á espera duma solução milagrosa? Se no passado optámos pela instabilidade para podemos governar sobre os demais, é chegada a altura de nos emendarmos, de lutarmos pela reposição da estabilidade nos países que explorámos arbitrariamente, de levar a paz onde guerreámos e de ajudar onde surripiámos, libertando-os da tirania que impede o seu desenvolvimento e auxiliando-os economicamente, nem que para isso tenhamos que pegar em armas para derrotar os terroristas que os assolam, cuja prática é assassina e fratricida e que têm como divertimento a destruição do património colectivo da humanidade, encapuçados em crenças que apenas cativam outros de igual calibre. Diante do actual panorama parecem não existir dúvidas: só teremos comida à mesa se matarmos a fome na casa dos outros, o que já está acontecer quando dividimos o que temos com aqueles nos chegam.
Acolher os refugiados, apesar de lícito e obrigatório, não é solução bastante, porque apenas se atenuam os efeitos e não se combatem as causas, esforço que para além de inglório é hipócrita, porque deixamos que uns morram para depois darmos as boas-vindas aos que sobrevivem. Há que “pegar o touro pelos cornos” e combater por toda a parte o terrorismo e os terroristas até que as suas armas se calem, o seu domínio desapareça e deles não reste memória, para que o seu extermínio resulte em vida e a paz possa ser finalmente alcançada para todos. E neste sentido, pacificar a Síria é trazer a paz ao mundo, objectivo nunca conseguido, cada vez mais difícil de alcançar, quiçá impossível. Ao invés, ignorar o problema sírio só fará eclodir outros idênticos, o que dificultará ainda mais a solução e fará aumentar drasticamente o número de vítimas ali, aqui e em qualquer lugar. Mexer no mundo muçulmano é como brincar com um barril de pólvora, porque de tolerante não tem nada e de conciliador muito menos, devido às suas facções, multivariedade étnica e presença de minorias religiosas, factores geralmente associados a ódios antigos que podem a explodir a qualquer momento. Nações com estas características, visando o seu próprio bem-estar e o de todos, dificilmente poderão ser entregues a si próprias, devendo ser objecto de uma semiautonomia que possibilite a arbitragem internacional, enquanto garante da igualdade de direitos e deveres para todos, o que a acontecer evitaria guerras, banhos de sangue, assassinatos, refugiados e genocídios, porque quem se suicida e mata o seu semelhante para ir ter com 70 virgens no paraíso, dificilmente abraçará aqui a desejável fraternidade universal que nos traz a paz.

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