sábado, 12 de setembro de 2015

TROPELIAS JUVENIS: BRINCAR COM O ASCO DOS OUTROS

Muçulmanos e proprietários caninos não morrem de amor uns pelos outros, porque os primeiros consideram os cães animais impuros e por consequência também os seus donos, por coabitarem com eles dentro de casa, mostrando-se enojados quando obrigados a cruzar-se com um binómio nos espaços públicos. Quando há essa possibilidade, os seguidores do islão arredam passo e procuram um caminho alternativo, e quando não, dão a volta mais larga em marcha acelerada, não se escusando alguns a vociferar comentários só entendíveis pela mímica que os reforça, sendo nisto os homens piores que as mulheres. Por sua vez, mercê da aversão manifesta nestes rituais, donos e cães nutrem o mesmo sentimento pelos muçulmanos mais radicais, desejando ambos rasgar-lhes as vestes, parceria que julgamos não ser difícil de acontecer.
E como falta à mocidade a experiência de vida e a cautela doutras idades, alguns jovens proprietários caninos dedicam-se a escandalizar os muçulmanos que avistam, mais pelo gozo que lhes dá do que por outra razão qualquer, porque fariam exactamente o mesmo a outros iguais, caso se comportassem do mesmo modo. Assim, quando chegam a um jardim e os bancos encontram-se todos ocupados, procuram neles a presença de um incauto muçulmano, fazendo roçar os seus cães nas pernas do desgraçado, que de imediato abandonará aquele lugar, vituperando e deixando o lugar vago. Outros há que, vendo um muçulmano isolado no caminho (geralmente as mulheres guardam uma distância considerável dos maridos), poem-se deliberadamente a correr com os seus cães como se intentassem persegui-lo, fazendo-lhe inesperadas e ousadas tangentes. Por razões óbvias, exceptuando os muçulmanos asiáticos e os subsaarianos, os outros são unicamente diferenciados pelo seu modo de trajar e comportamento social. Felizmente estamos a reportar-nos a casos isolados, já que a esmagadora maioria da população é afável e tolerante com os estrangeiros, independentemente da estranheza dos seus comportamentos, trajes ou costumes. Condenando obviamente estes actos mas conhecedores das suas causas, sabemos que pessoas e cães estão melhor no mundo cristão, por ser mais tolerante e menos retrógrado, mais complacente e menos executório. 

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