sexta-feira, 24 de julho de 2015

SÉC. XX: O SÉCULO DO CÃO-LOBO

Quem chamou ao Séc. XX de “ O Século do Cão-Lobo” foi Osip Mandelstam Emilyevich (1871-1938), um poeta russo, nascido em Varsóvia, de ascendência judia, pertencente à dita “ Era de Prata” da poesia russa e que levou uma vida por demais atribulada. A designação “Cão-Lobo” é uma alusão ao Cão de Pastor Alemão, porque assim era conhecido naquele tempo, que ao ser aproveitado para fins militares, esteve em todas as guerras e frentes até aos nossos dias, tornando- se num “soldado canino universal”. Ele esteve nas trincheiras da I Grande Guerra, foi recrutado e usado na Segunda, esteve presente em Estalinegrado, lutou nas Ilhas do Pacífico, serviu também os Japoneses, integrou tropas pára-quedistas, tem servido como cão-polícia, foi mobilizado para o Iraque e ainda presta o seu contributo na Guerra do Afeganistão. Ele, mais do que ninguém, fundamentou e erigiu as inovadoras Companhias Cinotécnicas Militares do Século passado, Unidades onde ainda presta serviço, muito embora em menor número. E se acompanhou os soldados na guerra, também os recebeu e valeu-lhes no regresso a casa, ao transformar-se em cão-guia, polícia, guardião, terapeuta e cão de companhia, ajudando deficientes, zelando pela segurança dos cidadãos, guardando pessoas e bens, promovendo a reinserção social dos seus donos, ajudando no crescimento dos mais jovens e trazendo alegria às famílias. Mandelstam tinha razão: o Cão de Pastor Alemão marcou o Séc. XX!

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