segunda-feira, 20 de julho de 2015

O CÉU E O INFERNO ESTÃO CHEIOS DE BOAS INTENÇÕES

Segundo o que nos chegou pelo website do “The Sidney Morning Herald”, um septuagenário, residente na Av.ª Streeton em Mount Pritchard, na parte sudoeste de Sidney/Austrália, foi atacado no último Sábado pelos seus dois cães, quando intentou acabar com uma briga entre eles, acção que teve como consequência o seu internamento no “Liverpool Hospital”, por apresentar ferimentos extensos na cabeça, na cara, na parte superior de corpo e ter ficado sem as duas orelhas. Tudo leva a crer que os cães não seriam de raça perigosa e ignora-se qual o destino que lhes foi dado.
Infelizmente episódios destes acontecem um pouco por toda a parte e nalgumas latitudes com mais frequência, não sendo raro sucederem entre nós, particularmente àqueles que são proprietários de vários de vários cães e que dividem com eles o mesmo espaço. Dois cães do mesmo sexo não são um casal mas a fracção mais pequena duma matilha, lutando cada um deles para se sobrepor ao outro, se os seus donos abdicaram da liderança ou não tiverem como exercê-la. Com mais facilidade se digladiarão dois machos do que duas fêmeas, apesar do combate das cadelas ser capaz de causar maior dolo. Uma cadela castrada é capaz de enfrentar um cão e intentar dominá-lo, quer ele seja castrado ou não. Diante do sucedido em Sidney e que aqui se repete vezes sem conta, pergunta-se: Para quê adquirir um segundo cão, se não controlo o que tenho em mão, não estarei com isso a dar azo ao disparate?
Essa história de cãs brancas que leva os donos a confiar nos cães e a não lhes imputar regras de convivência, tem sido responsável por inúmeros acidentes e hospitalizações, por desaires de maior ou menor gravidade e repercussão. Os cães não nascem ensinados e carecem de ensino, o que é natural neles é procurarem o lugar mais alto na hierarquia, nem que seja para reclamarem maior atenção, porque lutam pela primazia, não gostam de reparti-la e resistem a perdê-la. Se pretender adquirir um segundo cão, não o faça sem ter absoluto controlo sobre o primeiro, o que até será bom, já que ele irá ajudá-lo na educação do recém-chegado (caso não tenha disponibilidade para isso, mande ensiná-lo). E depois, separar cães que não nos respeitam e que estão fora do nosso controlo, é uma tolice que sempre terá o seu preço. Mal comparado, um cão sem liderança é como um carro sem travões ou como um cavalo sem cabresto. Como poderei ser dono daquilo que não controlo? 

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