Segundo o que nos chegou
pelo website do “The Sidney Morning Herald”, um septuagenário, residente na
Av.ª Streeton em Mount Pritchard, na parte sudoeste de Sidney/Austrália, foi
atacado no último Sábado pelos seus dois cães, quando intentou acabar com uma
briga entre eles, acção que teve como consequência o seu internamento no
“Liverpool Hospital”, por apresentar ferimentos extensos na cabeça, na cara, na
parte superior de corpo e ter ficado sem as duas orelhas. Tudo leva a crer que
os cães não seriam de raça perigosa e ignora-se qual o destino que lhes foi
dado.
Infelizmente episódios
destes acontecem um pouco por toda a parte e nalgumas latitudes com mais frequência,
não sendo raro sucederem entre nós, particularmente àqueles que são
proprietários de vários de vários cães e que dividem com eles o mesmo espaço.
Dois cães do mesmo sexo não são um casal mas a fracção mais pequena duma
matilha, lutando cada um deles para se sobrepor ao outro, se os seus donos
abdicaram da liderança ou não tiverem como exercê-la. Com mais facilidade se digladiarão
dois machos do que duas fêmeas, apesar do combate das cadelas ser capaz de
causar maior dolo. Uma cadela castrada é capaz de enfrentar um cão e intentar
dominá-lo, quer ele seja castrado ou não. Diante do sucedido em Sidney e que
aqui se repete vezes sem conta, pergunta-se: Para quê adquirir um segundo cão,
se não controlo o que tenho em mão, não estarei com isso a dar azo ao
disparate?
Essa história de cãs brancas que leva os donos a confiar nos cães e a
não lhes imputar regras de convivência, tem sido responsável por inúmeros
acidentes e hospitalizações, por desaires de maior ou menor gravidade e
repercussão. Os cães não nascem ensinados e carecem de ensino, o que é natural
neles é procurarem o lugar mais alto na hierarquia, nem que seja para reclamarem
maior atenção, porque lutam pela primazia, não gostam de reparti-la e resistem
a perdê-la. Se pretender adquirir um segundo cão, não o faça sem ter absoluto
controlo sobre o primeiro, o que até será bom, já que ele irá ajudá-lo na
educação do recém-chegado (caso não tenha disponibilidade para isso, mande
ensiná-lo). E depois, separar cães que não nos respeitam e que estão fora do
nosso controlo, é uma tolice que sempre terá o seu preço. Mal comparado, um cão
sem liderança é como um carro sem travões ou como um cavalo sem cabresto. Como
poderei ser dono daquilo que não controlo?
Sem comentários:
Enviar um comentário