O uso terapêutico dos cães é infindável, diariamente descobrem-se novos fins e no futuro outros se encontrarão. O dinamismo interactivo do treino canino pode ajudar no equilíbrio psicológico e fisiológico dos convidados para a sua prática, porque obriga à sincronia, é objecto de correcção, baseia-se em metas e procura objectivos. A procrastinação é um flagelo que se abate sobre o homem contemporâneo, mercê duma sociedade sempre em mudança que o satura e torna ansioso, baixa-lhe a auto-estima e pode induzi-lo a uma mentalidade auto-destruitiva. O termo significa diferimento ou adiamento de uma acção, “deixar para amanhã aquilo que pode fazer hoje”, enveredar por tarefas menos importantes face à urgência das prioritárias. Esta desordem tanto pode super-estimar ou subestimar o tamanho de uma tarefa para aquém ou além do seu valor real e pode atacar ou incidir sobre qualquer franja etária. O problema tanto pode ter origem psicológica quanto psicológica, provir da sua combinação, estar associado à depressão ou ser crónico. Todos nós, uns mais do que outros, podemos enveredar ocasionalmente por este tipo de comportamento.
No mundo da cinotecnia, por permitir o escape e o ser uma tarefa acessória, enquanto actividade lúdica e meio de evasão, superabundam procrastinadores, gente que foge dos problemas a resolver e se esconde nas rotinas do adestramento, ainda que o faça por “corpo presente” e o empastele de modo sistemático. Estes indivíduos são “milho para pombos”, porque a ausência de objectivos faz deles clientes de lugar cativo, porque se entretêm e não se importam de permanecer no mesmo sítio, não buscam o progresso e não requerem muita atenção, sendo para muitos os clientes ideais e gente a conservar (enquanto dão biscoitos ao cão não me chateiam). Com isto, compreensivelmente, os cães não evoluem, apesar dos seus condutores serem invadidos por um falso espírito de dever cumprido. Face ao insucesso e às inevitáveis comparações, malandro que se preza ainda atribui as culpas ao cão, a bem do cliente e por apelo à conta bancária.
Combatemos entre nós este tipo de comportamento, porque a isso nos obriga a ética e o respeito pela condição humana, também porque o melhor dos nossos out-doors é a prestação dos nossos cães e eles não devem ser vítimas do comportamento dos seus donos ou condutores. Sobre nós recai também essa responsabilidade. É evidente que todos sentimos alguma dificuldade no adestramento, quer pela novidade quer pelo dualismo das vontades, porque nem sempre o cão está pelos ajustes e por vezes tenta levar a sua avante. A arte de adestrar, porque de uma arte se trata, ainda que se encontre associada a um conjunto de ciências, inválidas sem a componente emocional que nos leva a gostar de cães, não acontece de modo isolado e reflecte a capacidade individual de resolução, anterior ou paralela ao treino canino, porque cada um, para além da componente ambiental, carrega a sua própria personalidade.
O adestramento tem valido a muitos pelo estímulo da liderança e contribuição dos cães, levando-os a uma melhor resolução em áreas alheias à cinecultura, despertando-os para a realidade e preparando-os para os seus desafios. É verdade: sempre teremos que lidar com a procrastinação académica, porque os condutores são também alunos e sempre necessitarão da nossa ajuda. Por causa disso, defendemos a política de integração das classes, a evolução em esquadras, a instrução circular, as aulas teóricas e a sólida formação de grupo. Esta é a nossa aposta: não deixar ninguém para trás, ainda que lhe causemos algum incómodo. Somos formadores.
No mundo da cinotecnia, por permitir o escape e o ser uma tarefa acessória, enquanto actividade lúdica e meio de evasão, superabundam procrastinadores, gente que foge dos problemas a resolver e se esconde nas rotinas do adestramento, ainda que o faça por “corpo presente” e o empastele de modo sistemático. Estes indivíduos são “milho para pombos”, porque a ausência de objectivos faz deles clientes de lugar cativo, porque se entretêm e não se importam de permanecer no mesmo sítio, não buscam o progresso e não requerem muita atenção, sendo para muitos os clientes ideais e gente a conservar (enquanto dão biscoitos ao cão não me chateiam). Com isto, compreensivelmente, os cães não evoluem, apesar dos seus condutores serem invadidos por um falso espírito de dever cumprido. Face ao insucesso e às inevitáveis comparações, malandro que se preza ainda atribui as culpas ao cão, a bem do cliente e por apelo à conta bancária.
Combatemos entre nós este tipo de comportamento, porque a isso nos obriga a ética e o respeito pela condição humana, também porque o melhor dos nossos out-doors é a prestação dos nossos cães e eles não devem ser vítimas do comportamento dos seus donos ou condutores. Sobre nós recai também essa responsabilidade. É evidente que todos sentimos alguma dificuldade no adestramento, quer pela novidade quer pelo dualismo das vontades, porque nem sempre o cão está pelos ajustes e por vezes tenta levar a sua avante. A arte de adestrar, porque de uma arte se trata, ainda que se encontre associada a um conjunto de ciências, inválidas sem a componente emocional que nos leva a gostar de cães, não acontece de modo isolado e reflecte a capacidade individual de resolução, anterior ou paralela ao treino canino, porque cada um, para além da componente ambiental, carrega a sua própria personalidade.
O adestramento tem valido a muitos pelo estímulo da liderança e contribuição dos cães, levando-os a uma melhor resolução em áreas alheias à cinecultura, despertando-os para a realidade e preparando-os para os seus desafios. É verdade: sempre teremos que lidar com a procrastinação académica, porque os condutores são também alunos e sempre necessitarão da nossa ajuda. Por causa disso, defendemos a política de integração das classes, a evolução em esquadras, a instrução circular, as aulas teóricas e a sólida formação de grupo. Esta é a nossa aposta: não deixar ninguém para trás, ainda que lhe causemos algum incómodo. Somos formadores.
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