I. CARACTERÍSTICAS GERAIS:
a) Perfil psicológico: Todos menos o inibido. Animal dócil, curioso, interactivo e sociável, de média autonomia e de regrado impulso ao alimento. Pouco instintivo, medianamente territorial e de baixos impulsos ao poder e à luta, de actividade moderada, pouco ladrador, fraco desejo excursionista e de pouca ou nenhuma propensão cinegética.
b) Tamanho e envergadura: De acordo com o particular geográfico e familiar do lar adoptivo. De qualquer maneira, os exemplares maiores e mais pesados devem ser evitados, atendendo à necessidade de exercício e à decorrente qualidade de vida, para que o cão dos nossos sonhos não se transforme no pior dos pesadelos.
c) Tipo de trabalho: Fim terapêutico (terapia familiar).
d) Instalação doméstica: Em casa, no jardim ou em ambos.
e) Modo de trabalho (modus vivendi): Solto em casa e atrelado na rua.
f) Treino específico: Currículo básico de obediência.
g) Funções: coabitação, parceria e complementaridade.
h) Particularidades: Há que considerar o particular do pêlo do animal, deseja-se que o tenha curto e ausente de subpêlo. Os animais de pêlo cerdoso podem ser uma segunda opção, assim como aqueles que apenas possuem franjas. Existem raças de pêlo comprido que raramente largam pêlo, tal é o caso do caniche e do cão de água português.
i) Aviso: Os bracóides devem ser excluídos desta função, porque a precariedade do exercício induze-los à obesidade, porque comem muito e necessitam em simultâneo de bater território. A supressão territorial leva-os muitas vezes à aquisição de taras ou à destruição do património doméstico. O fenómeno é visível noutros grupos somáticos próprios para a caça exceptuando os podengos. À parte disto, alguns deles apresentam a tendência de se esfregarem nos excrementos de outros animais. Algumas raças de focinho achatado chegam a encher os tectos de baba, pelo que devem ser menosprezadas. Os animais ladradores devem de todo ser evitados, considerando o sossego e o viver social da família adoptiva. Os cães com demasiadas pregas tendem a cheirar mal e os de pêlo duplo quando molhados reforçam o seu odor. Os rafeiros têm sido uma escolha feliz para esta função, não evidenciando os disparates provocados pela excessiva territorialidade, desejo de caçar e forte sentido de presa presentes nalgumas raças. Contudo, se por desejo ou inclinação, a escolha se reduzir entre um guardião e um caçador, mais vale optar pelo primeiro, porque sendo mais rico de carácter vê-se liberto da carga instintiva que sempre transtornará o segundo.
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