A
polícia da capital da Nova Zelândia, Christchurch, alvejou e matou a tiro um
cão que na noite de anteontem atacou um morador que ficou gravemente ferido em
consequência do incidente, isto segundo confirmação da polícia. A polícia
deslocou para o local, Truman Road, grande número de agentes e viaturas, no
subúrbio noroeste de Bryndwr, pouco antes das 18h00 locais. Sem sucesso, os
agentes policiais destacados para a ocorrência não conseguiram dominar o cão e
como este nas palavras da polícia “era um risco imediato para a vida humana”,
os mesmos agentes decidiram alvejá-lo a tiro, acabando o cão por morrer.
O
morador ferido foi transportado ao hospital e as investigações sobre as circunstâncias
do ataque estão em andamento. Sete viaturas policiais, duas ambulâncias e um carro
de bombeiros estiveram estacionados no local. O New Zealand Herald revelou no
mês passado que 10 cães foram baleados nos últimos 12 meses. No mesmo período,
9 veados, 7 ovelhas, 2 cabras, 2 porcos selvagens, 1 porco doméstico, 1
mamífero marinho não identificado, 1 cavalo, 1 Wallaby solitário e 1 lebre
foram baleados. Estes números reportam-se ao número de ocorrências do Animal
Tactical Option Report (TOR), que avança onde a polícia disparou uma arma de
fogo e o total dos seus disparos, separados por tipo de animal. Entre 2018 e
2022, os agentes policiais dispararam um total de 1.024 tiros contra animais,
numas ilhas onde os únicos mamíferos selvagens existentes são os morcegos!
As polícias na generalidade dos países carecem de formação para poderem lidar assertivamente com os cães, reduzindo assim o seu abate despropositado e abusivo. Em simultâneo deverão ser acompanhadas nestes incidentes por entidades com competências próprias para o efeito. Não sei se o cão agora abatido era feroz ou não, mas sei que é o 11º primeiro abatido pela polícia da Nova Zelândia nos últimos tempos, o que no mínimo é lamentável – terão os cowboys atravessado o Pacífico?
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