Um
carro autónomo a circular pelas ruas da cidade de San Francisco, nos Estados
Unidos, atropelou e matou um cão no mês passado, mas a empresa que opera o
veículo afirma que o trágico acidente foi inevitável. A publicação
norte-americana TechCrunch relatou que o Jaguar I-Pace autónomo, também
conhecido “por carro autónomo”, estava a operar em San Francisco no mês passado
quando um cão correu para a estrada.
De
acordo com o relatório do incidente recentemente arquivado pelo Departamento de
Veículos Automóveis da Califórnia, os sistemas de direcção autónoma do
táxi-robot detectaram o cão, mas nem os sistemas de bordo do veículo nem o “operador
de segurança humano no banco do motorista accionaram os travões.
Um
porta-voz da Waymo, empresa associada ao Google que opera o autónomo Jaguar
I-Pace disse ao TechCrunch (website focado em notícias sobre tecnologia, que a
colisão era inevitável, independentemente de os travões terem sido usados ou
não. “A investigação está em andamento, no entanto, a revisão inicial confirmou
que o sistema identificou correctamente o cão que saiu a correr de trás de um
veículo estacionado, mas não conseguiu evitar o contacto”, disse um porta-voz
da Waymo. O mesmo porta-voz afirmou também que o cão fez um “trajecto incomum” e
em alta velocidade, direito a um dos lados do veículo”, o que o levou ao
impacto.
Alguns sites dos Estados Unidos como a empresa de cercas de animais Pet Playgrounds, afirmam que aproximadamente 1,2 milhão de cães são atropelados e mortos por carros anualmente naquele país, o equivalente a quase 3.300 por dia. Acredita-se que este incidente seja a primeira morte relatada de um cão por um carro autônomo, no entanto, ocorre cinco anos depois que o primeiro pedestre humano foi morto por um veículo autónomo. Em março de 2018, Elaine Herzberg foi fatalmente atingida por um veículo de teste autónomo da Uber em Tempe, Arizona. Embora o "motorista de reserva de segurança" humano do carro autónomo tenha sido posteriormente acusado de homicídio negligente, a Uber não foi responsabilizada criminalmente por este incidente fatal (a foto abaixo reporta-se a um carro igual ao que atropelou o cão – o Jaguar I-Pace).
De
acordo com a publicação de tecnologia norte-americana The Verge, a Waymo – que
é uma subsidiária da empresa-mãe do Google, a Alphabet – informou que seus
veículos autónomos viajaram 1,6 milhões de kms em estradas da Califórnia e do
Arizona entre 2015 e 2023. Num período de oito anos, a empresa apenas relatou
dois incidentes ao banco de dados de acidentes de carro da National Highway
Traffic Safety Administration, enquanto outros 18 acidentes foram classificados
como “eventos de contacto leve” – 55% dos quais foram causados por outro
veículo batendo noutro estacionado.
Em suma e atendendo às causas prováveis do acidente, o cão tanto morreria contra um carro com condutor como contra um autónomo. Os carros autónomos são eléctricos, fazem pare do quotidiano de San Francisco e são uns dos seus Postcards. Dito isto, apraz-me dizer que o futuro já chegou!
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