quinta-feira, 8 de junho de 2023

ICI C’EST LA MÊME CHOSE

 

Um grupo de pais formado por pais e amas de bebés está preocupado com os muitos cães de ataque que, sem trela ou açaime, vagueiam pelos parques do município de Bagnolet (Seine-Saint Denis). As autoridades da autarquia reconhecem a existência do problema, mas parecem mostrar-se impotentes para resolvê-lo. “"Não vamos esperar um acidente para fazer alguma coisa ", alerta a mãe de uma menina de um ano e meio, preocupada ao ver cães de ataque (categoria 1) a deambular pelo Parque Josette-et-Maurice-Audin de Bagnolet. Este parque público é um dos maiores do município e nesta época do ano fica muito cheio. Muitas amas em particular entram nele com as crianças que cuidam. “Outro dia, uma das menininhas que de que tomo conta, com 2 anos de idade, deu de cara com um pitbull e ficou muito assustada. O Prefeito tem que reagir. Estamos com medo pelos pequenos", disse alguém responsável por uma criança. Em teoria, esses cães são proibidos no parque, há até uma placa a lembrá-lo à entrada. Mas, na prática, muitos donos deixam seus cães correr soltos sem coleira ou açaime.

Constituídos num colectivo, pais e amas lançaram uma petição, a segunda do género em dois anos, para denunciar a situação e o perigo que representa para as crianças. A Prefeitura de Bagnolet diz-se “preocupada com o assunto e adianta: “A coabitação com famílias e filhos não é possível”, reconhece um dos eleitos. No entanto, o município também não se encontra totalmente preparado, porque não tem uma equipa da polícia municipal para vigiar e rondar o parque Josette-et-Maurice-Audin. Para fazer face emergência que a situação exige, a autarquia municipal “está em fase de finalização de um concurso para trazer guardas de uma empresa privada para regular a presença de cães nos parques e exigir dos donos de cães perigosos que cumpram com o estipulado na lei (oxalá sejam bem-sucedidos!). Aqui a desculpa é exactamente a mesma, até porque o governo não tem verba para recrutar e formar os polícias necessários. Contudo, se houvesse uma fiscalização mais incisiva e coerciva, os abusos seriam menores e todos sairiam a ganhar com isso. Os políticos portugueses parecem temer a descentralização e por conseguinte a regionalização, insistindo num “estado providência” que nada resolve e que há muito está a rebentar pelas costuras! Se um país pactua com a morte das suas crianças que futuro terá?

PS: Condena-se o ataque perpetrado hoje por um sírio com estatuto de refugiado dado pela Suécia que esfaqueou 4 crianças de tenra idade e dois adultos num parque em Annecy, no sudeste de França. Lamentavelmente, duas crianças e um dos adultos estão em estado considerado muito grave e com prognóstico reservado.

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