São
cada vez mais os donos que morrem na tentativa de salvar os seus cães, na sua
maioria com setenta e mais anos, como se a depressão própria da idade fosse
agravada por alguma demência e pela solidão a que alguns são votados, factores
que os levam a assumir um amor incondicional pelos animais, que tratam hoje por
filhos. Em Aberdeenshire, na Escócia, na passada sexta-feira à tarde (15h05
locais), Hazel Nairn, de 71 anos, quando passeava o seu cão, debaixo de chuvas
torrenciais, foi arrastada para o leito do rio Don, perto de Monymusk, na tentativa
de salvar o seu cão. A polícia continua empenhada em encontrar o seu corpo,
realizando buscas dentro e ao redor da área onde a septuagenária foi vista pela
última vez, contando com uma unidade de mergulho, com o apoio da Marinha, com unidades
de apoio aéreo e equipas cinotécnicas.
Entretanto,
uma vigília à luz de velas, chamada de “Esperança por Hazel”, foi realizada na
Igreja Paroquial de Monymusk na noite de domingo, onde membros da comunidade
entristecidos se reuniram. O reverendo Euan Glen, que liderou o evento, disse
anteriormente à imprensa: “ A Hazel é muito querida, então estamos à espera de
uma grande multidão esta noite. "Vamos ouvir um pouco de música e depois todos
na igreja serão convidados a acender uma vela na esperança de que Hazel seja
encontrada. Em seguida, ouviremos uma de suas músicas favoritas, que aliás é
Candle In The Wind. "Haverá então uma breve oração e um período de
reflexão silenciosa. Ela é bem conhecida - tem sido um momento muito triste
para todos na comunidade (não podia ir melhor encomendada!)." Como seria
inevitável, também um parlamentar de West Aberdeenshire e Kincardine se
associou às manifestações de pesar, tendo tudo a ganhar e nada a perder.
O que fazia aquela septuagenária com o seu cão debaixo de uma violenta tempestade e de uma valente enxurrada? Não teria outra ocasião para passear o seu cão? Muitas questões estão ainda por responder desde as causas da sua morte até à sua responsabilidade. A defunta não teria família para a acompanhar e zelar por ela? Seja como for, sair à rua naquelas condições foi um acto tresloucado! Infelizmente outros mais se seguirão.
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