Uma
senhora estava a passear o seu cão na cidade alemã de Ulm, junto ao rio Iller,
um dos afluentes do Danúbio, perto da ponte B30, quando de repente o animal
comeu dois pedaços de salsicha. Numa inspecção mais detalhada, a sua dona
descobriu que se tratava de uma isca preparada com parafusos. Como o cão já
havia comido alguns pedaços, ela levou-o imediatamente a uma clínica
veterinária, onde acabaria por ser operado.
Ao
ter conhecimento do ocorrido, a organização de protecção animal PETA ofereceu
uma recompensa na tarde de ontem, segunda-feira, dia 07de Abril, de 500€ por
informações que levem à prisão do autor daqueles engodos mortais, o que por
norma não é fácil, uma vez que gentalha desta opera despercebidamente, dissimulada
entre os demais, longe de qualquer câmera e por vezes até pela calada da noite.
“Portanto, nestes casos, até as informações julgadas pouco importantes podem
contar”, disse Monic Moll, especialista da Peta.
Alertada
para o efeito, a polícia enviou uma patrulha para as margens do Iller onde a
senhora havia passeado o seu cão, que acabou por encontrar outro pedaço de
salsicha preparado. Face aos acontecimentos, a polícia abriu uma investigação
por violação da Lei do Bem-estar animal, aconselhando os donos dos cães a
passeá-los à trela naquele local e a informá-la caso seja encontrada mais alguma
salsicha daquelas.
Quando os donos suspeitam que os seus cães ingeriram alguma isca preparada, não devem dar-lhes medicamentos, mas correr para o hospital veterinário mais próximo. Face à suspeita de ingestão de veneno ou de corpos estranhos por parte dos cães, quando tal for possível, os seus donos deverão fotografar os engodos e levá-los consigo para o consultório veterinário, porque em caso de suspeita ficam com o ónus da prova. Se porventura existirem testemunhas do ocorrido, os proprietários caninos deverão anotar a sua identidade e contactos. A recusa de engodos, trabalho a que damos extrema relevância, para além de poder salvar muitas vidas caninas, é também extremamente importante para os cães que sofrem de insuficiência pancreática exócrina ao proteger-lhes a saúde, quando eventualmente se sentem tentados a comer o que não devem – sobre este assunto não sei mais o que dizer! Quanto à recompensa adiantada pela PETA, como não é nada bom “tê-la à perna”, é possível que a sua acção contribua decisivamente para a diminuição ou desaparecimento dos comuns engodadores naquela cidade e seus arredores.
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