quarta-feira, 30 de novembro de 2022

PASTORA ALEMÃ ABATIDA COMO JAVALI

 

No passado sábado, dia 26 de novembro, na localidade francesa de Coutevroult (Seine et Marne), uma Pastora Alemã negra chamada Naïki com seis anos de idade (na foto seguinte), foi abatida a tiro por um caçador que a confundiu com um Javali. Quando inquirido sobre a morte do animal, o caçador adiantou que confundiu a pelagem preta da cadela com um porco-bravo (sanglier). Em consequência do incidente, foi apresentada uma queixa por danos involuntários à vida de um animal doméstico. Na localidade onde tudo aconteceu (Coutevroult), todos os sábados, um grupo de caçadores invade terras particulares para caçar, sendo o dono da cadela abatida normalmente avisado da sua chegada, aviso que o leva a prender o animal. Só que desta vez, segundo alegou, não foi informado da caçada no dia dos factos. Acabaram por ser os gendarmes a alertar os donos para a morte da Pastora Alemã, que jazia a 800 metros da sua casa.

Revoltado com o sucedido, o dono do animal lamenta não ter recebido qualquer pedido de desculpas por parte dos caçadores, que segundo os media se encontravam num exercício de caça convencional em terrenos privados. Consta que a visibilidade naquele dia foi dificultada pela vegetação. “Quando é que eles vão parar de atirar em qualquer coisa? Um cão não se parece com um javali!“ - explodiu irado o dono da pastora alemã. A morte da cadela também deixou perturbados os vizinhos, que temem agora pela sua segurança, havendo alguns que dizem jamais voltar àquela floresta (assim como foi a cadela, podia ter sido uma pessoa). O director da Federação de Caçadores de Seine-et-Marne ao pronunciar-se sobre o assunto, disse: “Se realmente o autor dos disparos for um caçador, ele será punido na medida da sua culpa.” Cães alheios e caçadores sempre concorreram para incidentes destes, pelo que todo o cuidado é pouco. Se possível, informe-se anualmente sobre o calendário cinegético e evite andar com o seu cão solto em bosques e florestas, porque alguns caçadores atiram para onde estão virados e sobre tudo o que mexe!

LONG LIVE TO PABLO!

 

Presto a minha mais respeitável vénia a cães como o Pablo, animais que têm como especialidade localizar e identificar diversas substâncias explosivas, serviço deveras notável que poderá salvar a vida a muitos. O Pablo de que estou a falar é um Springer Spaniel Inglês com 3 anos de idade, que junto com o seu mestre, o Guarda Craig Neeson, veio juntar-se à unidade de cães da polícia de Staffordshire, em Inglaterra, depois de 10 meses de treino árduo e agora a morar com Neeson, não sem antes se ter especializado em vasculhar carros, prédios e diferentes terrenos. Entre outras coisas, Neeson diz do seu parceiro: “É uma sorte que o PD Pablo seja um cão tão bom. Ele está tão ansioso para impressionar e já me ensinou muitas coisas neste espaço de tempo. Estou muito feliz por ter agora outro parceiro para trabalhar ao lado de quem tenho certeza que continuará a ensinar-me uma ou duas coisas ao longo do caminho e garantir que mantemos as nossas comunidades seguras.” Oxalá se entendam “às mil maravilhas”, pois é isso que a comunidade espera e agradece.

SURPREENDIDA FATALMENTE QUANDO IA PARA O TRABALHO

 

Por razões culturais e sociopolíticas, das quais não podemos excluir o colonialismo e muito menos o apartheid, o continente africano não é suficientemente grande para albergar pessoas e cães, atendendo ao medo das pessoas e ao consequente aproveitamento deste pelos cães. Os cães dos africanos subsaarianos foram e são na sua maioria párias, como tal inofensivos. As restantes raças caninas foram introduzidas, formadas e seleccionadas pelos colonos europeus, em muitos casos usadas para guardar os seus bens e manter os nativos afastados dos seus limites. A ascensão da maioria negra ao poder na África do Sul não viu e não vê com bons olhos os cães ao seu redor, o que torna difícil a sobrevivência destes animais naquele extenso território, ainda mais quando os cães continuam a fazer vítimas, o que vem suscitando um sentimento popular de vingança, como se fosse chegada a hora de um ajuste de contas, sublevação que se iniciou contra os crimes perpetrados por Pitbulls sobre crianças, numa verdadeira caça às bruxas.

No passado domingo, dia 27 de novembro, na pequena cidade de Port Alfred, na província de Eastern Cape, na África do Sul, quando se deslocava para o trabalho, uma mulher de 37 anos de idade foi atacada por cães, sofrendo cortes severos no rosto e na parte superior do corpo. Consta que dois homens testemunharam o ataque e relataram-no a um oficial de segurança que acorreu ao local. A mulher atacada estava caída na berma da estrada e morreu antes de ser assistida. A raça dos cães não foi ainda confirmada. Priscilla Naidu, porta-voz da polícia, implorou às possíveis testemunhas para se apresentarem.

"Os cães não foram encontrados ainda e os detectives do SAPS de Port Alfred continuam a procurar os seus donos. O número e a raça dos cães são desconhecidos nesta fase e acreditamos que os dois homens que testemunharam o incidente podem fornecer informações cruciais para a nossa investigação." Este ataque foi antecedido por uma série de ataques de Pitbulls sobre crianças com menos de 10 anos de idade. Nas últimas semanas houve repetidos e crescentes pedidos para que esta raça canina deixe de ser considerada como um animal doméstico e seja banida definitivamente daquele país africano. Tanto no continente africano como noutras latitudes, já há uma dúzia de países com idêntico parecer.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

ALEGRIA CONTAGIANTE

 

No sábado passado, dia 27 de novembro, fomos obsequiados com uma radiosa manhã de sol com uma pitada de frio, não tanto como era hábito, nem parece que temos dezembro à porta! Trabalhámos de modo afincado a obediência, evoluímos para os saltos em extensão e acabámos a dar as boas vindas ao Natal. Na foto acima vemos os binómios Joana/Marquês e Rita/Olívia na frente de uma loja adornada com motivos natalícios, com as condutoras a irradiar alegria e os cães curiosidade. Na foto que se segue vemos a Joana, no sítio certo, a comandar o CPA Marquês sobre uma sebe natural.

Debaixo de um arco de balões vemos o binómio Yasmine/Ouki. A Yasmine continua lutar com o Spitz para o capacitar, enfrentando em simultâneo os medos e a pouca vontade de trabalhar do Ouki, tarefa árdua e de difícil solução. Contudo, a Yasmine não é de desistir e não deve.

Sempre ouvi dizer que “na tropa não se pode ser bom cavalo nem bom cavaleiro”, o que se entende e que mais uma vez se viu entre nós. Na foto abaixo vemos o Pedro a saltar coma CPA Olívia para poupar a condutora da cadela, senhora que há pouco mais de um mês deu à luz um pimpolho que é a mascote de todos nós – o Lourenço – que esteve presente durante todo o treino.

Posaram lado a lado para a foto, na absoluta paz dos anjos (estamos no Advento), os CPA’s Marquês e Bohr, com o infante a irradiar pujança e o ancião simpatia, dois cães que pouco têm em comum mas que se igualam nas suas performances atléticas. Vale a pena reparar nas expressões mímicas de ambos, porque elas são reveladoras das suas índoles.

Para reforço do “quieto”, deixámos todos os cães presentes no final da aula sentados no centro de uma praça, para não estranharem a azáfama à sua volta, o buliço da multidão, a irreverência das crianças e o movimento das mais diversas viaturas.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Joana/Marquês; Patrícia/Keila; Paulo/Bohr; Pedro/Luna; Rita Olívia e Yasmine/Ouki. A reportagem fotográfica coube aos mesmos; o Óscar foi para o Alentejo com a Fernandinha e todos sentimos saudades da Clarinda, que breve regressará com o Luís da Suíça. O Plano de Aula foi cumprido e a alegria continuou para além do treino.

PORQUE EXIGIMOS A SUAVE CONDUÇÃO À TRELA

 

Exigimos a suave condução à trela dos cães por razões ligadas à segurança e comodidade dos donos e dos animais, também para evitar percalços, incidentes e acidentes com terceiros (pessoas, cães e outros animais). Para se alcançar esta agradável condução é preciso usar primeiro a trela como subsídio de ensino, operando através dela os estímulos e as correcções necessários para que o “junto” transite do desejo para a prática. Conduzir um cão à trela jamais deverá constituir-se numa preocupação, mas sim num raro prazer, numa amena e descontraída cavaqueira entre mim e o meu cão. O cão vai seguro pela trela como se não fosse, a mão do condutor vai solta e eles entres não acontece qualquer tensão ou fricção graças à soberania dos comandos verbais instalados - vão presos e parecem soltos um do outro, independentemente de quem se cruza com eles. Quem não conseguir alcançar esta condução, intimamente ligada à sociabilização dos animais, arrisca-se a ser rebocado e a sofrer acidentes de toda a ordem, quando outro cão passa, o cão não gosta de alguém em particular, sente-se ameaçado, pretende um brinquedo alheio ou deseja perseguir uma cadela com o cio. A suave condução à trela possibilitará a condução do animal por uma criança, mais-valia que qualquer cão dito ”pronto” irá ser capaz de demonstrar. Uma condução assim também virá em socorro dos idosos, dos mais frágeis e dos deficientes, que precisam de ser acompanhados e não destroçados.

NÃO AOS “INFILTRADOS”

 

Chamamos nossos os binómios cujos cães alcançaram os três seguintes patamares de ensino: a suave condução à trela; uma obediência inquestionável e uma sociabilização a toda a prova. A condução suave implica que uma criança com 3 anos de idade possa conduzir em segurança qualquer um dos nossos cães; a obediência inquestionável é ratificada pelo seu cumprimento imediato e a sua sociabilização deverá ser simplesmente absoluta. Felizmente a esmagadora maioria dos nossos binómios tem conseguido alcançar estes três objectivos ou condições para permanecer nas nossas fileiras e nelas evoluir para diferentes especialidades. O tempo que normalmente atribuímos para a aquisição destas mais-valias condicionadas é de 90 dias, excepcionalmente 120. Após este período de tempo, uma vez constatado o desaproveitamento de alguns binómios, estes deverão desistir por si mesmos das aulas ou ser convidados a abandoná-las. E isto porquê? Porque prejudicam o normal funcionamento escolar, causam atrasos e dão-nos mau nome ao dizer que aprenderam connosco, como se os nossos objectivos passassem por formar cães para rebocar os donos, animais profusamente desobedientes e sempre prontos a morder o que apanharem pela frente. Binómios destes não são nem nunca foram nossos, ainda que em alguns momentos caminhassem lado-a-lado connosco. Como “infiltrados”, importa expulsá-los para que não nos causem maiores danos. Contrariamente, os que são nossos não os lançamos fora – recomendamo-los!

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

EXCELENTE POST CARD PARA A “PÉROLA DO ATLÂNTICO”

 

Deverá o direito de informar sobrepor-se ao interesse nacional? As opiniões dividem-se: grande parte dos jornalistas dirá que sim e os adeptos da censura dirão abertamente que não! Néscio como sou, não tenho opinião, mas arrisco dizer que nem tudo pode ser dito diante do superior interesse da Nação. A indústria portuguesa mais rentável, da qual até o Santuário de Fátima depende, não é a dos têxteis ou a do calçado, mas sim a do turismo que, como toda a gente sabe, necessita ciclicamente de ser incrementada através de novos investimentos, de optimizar ou modernizar os seus serviços e de optar pela variedade e qualidade das suas ofertas – de dinheiro - tudo isto para fazer frente à concorrência de países estrangeiros, devendo por isso ter sido alvo do interesse de sucessivos governos que apenas lhe deram pequenas e envergonhadas bolsas de oxigénio. Já tivemos a experiência da Pandemia e sabemos quais os reflexos que teve e ainda tem na nossa economia. Se porventura a torneira do turismo fechar, Portugal não se irá só queixar da seca extrema!

Alguém consegue imaginar a Ilha da Madeira sem turismo e turistas? À “Pérola do Atlântico”, como é há muito conhecida nos cartazes turísticos, só restam duas hipóteses: ou aposta ainda mais no turismo ou irá voltar tristemente a subsidiar a emigração. Muito já lá se fez nos últimos 50 anos, mas de um momento para o outro poderá vir a ser um ponto perdido e sem interesse no Atlântico, caso o seu bom-nome e a hospitalidade das suas gentes venham a ser postos em causa. Manchetes como a seguinte podem induzir a isso: “Polícia dispara sobre cão pit bull atiçado para atacar por dono criminoso. Animal sobreviveu e o dono foi preso por resistência e coação, mas acabou libertado por determinação do Ministério Público”. Um turista estrageiro que pense em ir visitar a Madeira pela primeira vez e ali encontrar paz, não ficará confuso? Não poderá pensar pelo título acima que o crime violento anda à solta pela Ilha, que a polícia não é respeitada e que a justiça não faz o seu trabalho? Será esta notícia um excelente post card para a Ilha da Madeira e para as suas gentes? A quem interessará a notícia? A quem procura escândalos e preciso de vendê-los, aos ociosos e também aos psicopatas! Algumas notícias, não só na Internet, acabarão por subsidiar crimes raros até aqui ou nunca experimentados, graças à exposição pública de certos factos ou detalhes. Não estará já na altura de entregarmos a Madeira aos madeirenses e de a deixarmos em paz? Não dispensará ajudas continentais destas?

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:

1º _ SAIR COM O CÃO PODE SER UMA AVENTURA!, editado em 19/11/2022

2º _ UM CÃO AMAZÓNICO?, editado em 20/11/2022

3º _ DEPOIS DAS CHUVADAS CUIDADO COM AS SALAMANDRAS DE FOGO!, editado em 21/11/2022

4º _ AINDA NÃO ENTRÁMOS NO ADVENTO E JÁ CHEIRA A NATAL, editado em 18/11/2022

5º _ ESTUDO ALARMANTE: A RAÇÃO HÚMIDA É SETE VEZES PIOR DO QUE A SECA PARA O CLIMA, editado em 22/11/2022

6º _ NÓS POR CÁ: MARCELLUS PANEM ET CIRCENSES, editado em 18/11/2022

7º _ A ESPANTOSA HISTÓRIA DE UM XERIFE ITENERANT, editado em 20/11/2022

8º _ AMOR DE MÃE: UM CÃO PARA ELEANOR, editado em 16/11/2022

9º _ IMBRÓGLIO EM ONTÁRIO, editado em 17/11/2022

10º _ RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS, editado em 18/11/2022

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:

1º França, Estados Unidos, 3º Portugal, 4º Canadá, 5º Brasil, 6º Países Baixos, 7º Angola, 8º Alemanha, 9º Suécia e 10º Rússia.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

O PREJUÍZO SAÍU À CASA!

 

Há paixões que nos condenam e subjugam, porque queremos ser o que não somos e queremos ter o que não temos. Nesta dependência passional, tantas vezes cega e própria da adolescência, podemos incluir aquele desejo de possuirmos um ou mais cães maus, animais de pôr qualquer um em “sentido”, esquecendo-nos que a sua primeira das suas vítimas poderemos ser nós. Assim aconteceu a um australiano residente em Flavel Crescent, Jervois, perto de Tailem Bend, que depois das 15 horas de ontem teve que ser urgentemente transportado de helicóptero para o hospital, vítima do ataque de um dos seus cães – um Dobermann.

Segundo revelaram algumas testemunhas ao canal 7NEWS, o indivíduo foi mordido quando tentava separar dois cães perigosos, voltando-se um contra ele. O sinistrado, homem de 40 anos, foi transportado para o Centro Médico Flinders, onde veio a ser sujeito a uma cirurgia de emergência. A polícia do sul da Austrália confirmou que o homem sofreu ferimentos não fatais e disse ainda que se viu forçada a abater o Dobermann a pedido das autoridades administrativas.

Se eu não tenho condições para controlar um só cão, por que carga de água vou adquirir mais? Não estarei a pôr-me a jeito? Ainda que possa parecer impossível, há gente que se vicia em cães e que vai buscar um atrás do outro, exactamente como outros fazem com o tabaco e com a ingestão de álcool. O sucedido em Flavel Crescent denuncia de imediato 3 coisas: a impropriedade do dono, a inexistência de um condicionamento capaz e a ausência de um controlo eficaz dos animais, pormenores que só agravam a irresponsabilidade do sinistrado. Felizmente que o prejuízo saíu à casa, porque doutro modo estaríamos a lamentar a existência de mais vítimas inocentes. E depois, meus amigos, separar cães não é para todos, porque exige sangue frio, respeito aos protocolos, conhecimento e prática, porque doutro modo poderemos correr sérios riscos. Penso que todos os adestradores deveriam ser capazes de fazê-lo, muito embora conheça um que se esconde dentro de uma barraca quando os cães se agridem uns aos outros, certo que mais cedo ou mais tarde acabarão por entender-se (quiçá depois de alguns cortes no manto, dentes partidos e um olho deitado abaixo).

PS: Desactivar a mordedura de um cão sempre implica na imobilização instantânea e peremptória do seu maxilar, porque doutro modo a sua próxima dentada pode sobrar para nós. As mordeduras diferem de raça para raça, por vezes até de indivíduo para indivíduo pelo que, em abono da segurança, exigem diferentes métodos de abordagem e de imobilização do maxilar.

A IDA AO PARQUE DE DIVERSÕES

 

Os binómios Fernanda/Óscar e Rita/Olívia estão agora a transitar da condução à trela para a condução em liberdade (com os cães soltos). Para que estes não se venham a acostumar a fugir aos seus donos, importa testar a sua obediência até ao limite, muito embora tudo aconteça de modo gradual. Debaixo desta preocupação, conduzi os dois binómios a um parque de diversões bastante barulhento e durante a noite, condições quase extremas para cães recém-condicionados na disciplina de obediência. Junto aos mais variados carrosséis e diversões, os cães executaram diversas figuras de imobilização e distintos comandos direccionais. Na foto acima, podemos ver a CPA Olívia sentada em frente à Estação do Comboio-Fantasma, nada assustada e mais interessada a procurar guloseimas no chão (voltaremos a conversar quando chegar a altura da “recusa de engodos”).

Foi muito difícil acalmar o Podengo Óscar porque é hiperactivo, extraordinariamente reactivo, não suporta sentir ninguém a passar-lhe pelas costas, ladra desalmadamente quando falam com ele e é naturalmente brigão, características em parte fornecidas pela genética e em parte pela experiência de vida. Mas como os objectivos são para cumprir, sabemos ao que vimos e paciência não nos falta, a muito custo, ainda que ao lado da dona, lá o conseguimos sentar em frente a uma pista de carrinhos de choque.

Já a Olívia comportou-se serenamente e mostrou-se tão agradada com os carrinhos de choque que esteve prestes a pedir autorização para entrar num deles. É muito fácil vir para um parque de diversões e “fazer boa figura” com um cão destes, porque são naturalmente concentrados e focados nos donos, pouco dados a distracções e a apelos instintivos. Difícil é pedir a um Podengo um comportamento idêntico debaixo das mesmas condições. Porém, porque o Óscar é um valente do tipo “I will never surrender!”, também ele conseguirá ultrapassar todas as condições à sua frente, demore ele o tempo que precisar!

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

POR PREVENÇÃO, TOMA LÁ MAIS CINCO!

 

O estado alemão de Sachsen-Anhalt, apesar de não ter qualquer caso de peste suína africana no seu território, mas sabendo que o aparecimento de um surto é uma questão de tempo, já tem ao seu dispor mais cinco cães farejadores de cadáveres de suínos (algo me diz que facilmente, em caso de necessidade, sem nenhuma dificuldade, poderão passar a farejar cadáveres humanos. No início de maio, Lili, a primeira cadela farejadora de cadáveres foi apresentada em Sachsen-Anhalt. Agora existem mais cinco cães detectives de animais contra a peste suína africana. Segundo fez saber hoje o Ministério do Interior de Magdeburg, os cães (Pointers Alemães de pêlo comprido e Lagotto Romagnolo) assim como os seus adestradores foram instruídos nas últimas semanas pela equipa de adestradores da polícia estadual. Para este serviço são precisos cães que ladrem alto, o que facilita o seu trabalho de detecção.

Como já dissemos, na primavera, a Pastora Belga Lili, agora com dois anos de idade, foi o primeiro cão farejador de carcaças a ser treinado na luta contra peste suína africana, vivendo em casa de um inspector florestal do distrito florestal de Merseburg. Os cães recém-chegados também vivem e trabalham junto com os seus treinadores, dois funcionários da autoridade para a caça, um funcionário de um gabinete de construção civil, um responsável pela protecção de dados e gerente de um centro de vacinação, para além de um funcionário do gabinete veterinário.

Apesar de nenhum caso de peste suína africana ter sido relatado em Sachsen- Anhalt, todo o país está a precaver-se com várias medidas, convencido que o aparecimento de um surto é apenas uma questão de tempo até que ocorra. Quando surge um caso destes, de PSA, o que mais importa é encontrar as carcaças o mais rápido possível nas áreas afectadas, para diminuir drasticamente os efeitos da doença, que como se sabe é altamente infecciosa, hemorrágica e fatal. Os cães farejadores são preparados para actuar onde as pessoas e a tecnologia atingem os seus limites. Com o exageradíssimo número de javalis que temos por cá, eu nem quero pensar no terrível desastre ecológico e económico caso a peste suína africana nos bata à porta, pois não basta vacinar os porcos, há que trabalhar na prevenção para travar logo que possível a disseminação da doença. Penso que ainda vamos a tempo, muito embora estejamos a lutar contra o relógio, de prepararmos cães para este efeito.

AUSTRALIA: WILL THE ABORIGINAL GENOCIDE NEVER END?

 

Os genocídios são uma das páginas mais negras e vergonhosas da humanidade e como tal envergonham-nos a todos. Numa altura em que os direitos humanos voltaram à baila por ocasião do Campeonato do Mundo de Futebol, pelas consecutivas violações desses direitos por parte dos governantes qataris, a selecção inglesa de futebol, aquando da partida com a selecção do Irão, decidiu solidarizar-se como o povo iraniano em luta pela liberdade e ajoelhou-se em bloco no relvado, gesto que a Inglaterra e os ingleses deverão repetir pelo vergonhoso apartheid sul-africano e principalmente pelo massacre operado durante anos a fio sobre os aborígenes australianos, que parece não ter ainda fim à vista.

A ALSWA disse que está a apoiar a família do menino Noongar, de 13 anos, Jayden Abraham, que foi hospitalizado e precisou de cirurgia depois de ser atacado por um cão policial durante um incidente em Perth no início deste mês. A tia de Jayden, Maxine Abraham, disse que o menino sofreu ferimentos graves no braço e no rosto e que pode ter ficado cego devido ao ataque. “Ele vai voltar ao hospital para fazer enxertos de pele hoje”, disse ela ao Guardian Australia. “Ele tem medo de ficar com cicatrizes permanentes. Especialmente com a cicatriz no rosto, como se estivesse preocupado em não ser a mesma pessoa quando se olhasse no espelho.” Ela disse que o menino ficou traumatizado e que foi afastado desde o ataque. A polícia da Austrália Ocidental foi instada a parar de usar cães sem açaime, já que o Serviço Legal Aborígine do estado levanta preocupações sobre o número “desproporcional” de prisões assistidas por cães envolvendo sobre pessoas das Primeiras Nações. “Ele era um menino extrovertido antes deste incidente”, disse a tia Abraham. “Ele vai ficar traumatizado sempre que veja um policial e ficar assustado.” A família de Jayden pediu que a visão da câmera do corpo da polícia na noite do incidente fosse divulgada. “Se a polícia não tem nada a esconder, então que forneça o vídeo.”

O que realmente aconteceu com Jayden? A polícia de WA confirmou ao Guardian Australia que a unidade de cães policiais esteve envolvida num incidente no domingo, 13 de novembro, na Stannard Street, em Bentley. “A polícia enviou vários recursos para a área, incluindo a unidade canina, e localizou um homem adulto e três jovens por volta das 23h40”. Ela confirmou que um menino foi atacado por um cão policial e que ficou ferido, sendo encaminhado para o hospital infantil de Perth para ser tratado. Jayden não foi acusado nem os seus irmãos. Dennis Eggington, executivo-chefe da ALSWA, disse que 38 de seus clientes foram “atacados” por cães policiais nos últimos 10 anos. Esses incidentes afectam desproporcionalmente os povos indígenas. “O uso bárbaro de cães policiais resultou num padrão muito perturbador”, continuou. “O que vimos é que há um uso desproporcional de cães policiais que estão sendo lançados contra os povos das Primeiras Nações”. A ALSWA disse que esses clientes incluíam 12 crianças – uma delas de nove anos – e pessoas vulneráveis que viviam com doenças mentais. A ALSWA disse que uma análise dos dados de 2018 a 2021 revelou que as pessoas das Primeiras Nações representavam mais da metade de todas as pessoas feridas por cães policiais. Em 2021, os números mostraram que 61% das acções de cães policiais foram contra pessoas das Primeiras Nações, disse o mesmo serviço jurídico. A ALSWA disse estar ciente que 34 crianças foram feridas por cães policiais desde 2015, sendo 23 delas identificadas como indígenas.

Eggington pediu à polícia de WA para rever o uso dos cães nas detenções. “Agora pedimos que a prática de usar cães policiais sem açaime seja banida imediatamente.” A polícia de WA disse que a força estava a rever o incidente em 13 de novembro como parte de seu procedimento padrão. “Os cães da polícia são usados como resposta a crimes graves e estas são as melhores informações disponíveis no momento”, disse a polícia. A Comissão de Corrupção e Crime (CCC) observou que a polícia de WA reviu 317 relatórios de uso de força por cães policiais num período de cinco anos. Quase 200 deles foram registados durante o ano de 2019/20, depois de uma mudança de requisitos nos relatórios. Num relatório apresentado ao parlamento estadual no início deste ano, a CCC observou que os indígenas estavam desproporcionalmente envolvidos em incidentes com cães policiais e recomendou um exame mais aprofundado. A CCC aconselhou a polícia de WA a desenvolver políticas e procedimentos relativos à unidade canina e disse que a falta de directrizes “definidas” “impede” as revisões sobre o uso da força. “A ausência de políticas e procedimentos definidos cria ambiguidade quanto ao uso operacional esperado de um cão policial e dificulta a revisão dessa opção de força”, disse o relatório de maio. A polícia de WA não respondeu a perguntas sobre se revisaria a implantação de cães policiais, mas disse que estava cumprindo as recomendações do CCC. “A Força Policial de WA forneceu comentários nesse relatório e está implementando várias recomendações dele”, disse um porta-voz da polícia de WA. Espera-se que a CCC reveja a resposta da polícia de WA às suas recomendações até maio do próximo ano.

Está-se mesmo a ver que com tanta burocracia tudo voltará ao mesmo e os aborígenes continuarão a ser tratados como personas non gratas ou intrusos, agora como terroristas, quando eles mais do que ninguém têm sido vítimas do mais descarado terror. Enquanto sobrar algum aborígene, estou em crer que a polícia australiana não terá qualquer dificuldade em pôr os seus cães a morder, tornando-os inclusive exímios a atacar alvos imóveis, especialidade para a qual não abundam muitas cobaias.

COMBATE À PRAGA DA MOSCA-DA-FRUTA

 

Dois cães treinados para farejar larvas de mosca-das-frutas, numa batalha para conter o seu surto, fizeram a sua primeira detecção positiva em Riverland, no sul da Austrália. Max, o Koolie, e Rylee, o Pastor alemão, já se encontram a trabalhar desde outubro para detectar larvas da mosca-das-frutas de Queensland e fizeram a sua primeira descoberta nos últimos dias numa área conhecida de surto. O gerente geral do Programa de Resposta à Mosca da Fruta do Departamento das Regiões e das Indústrias Primárias, Nick Secomb, disse que Max e Rylee trabalharam com larvas irradiadas durante vários meses. A larva em questão foi encontrada numa nespereira em Renmark West. Secomb disse que a detecção precoce de larvas impediu que a mosca-das-frutas se espalhasse para vários pomares. “Agora que sabemos que há larvas naquela área, vamos colher todas as frutas daquela árvore para o caso de nela haver mais larvas”, disse ele. "Também trataremos o solo com um produto químico para que, se algo já estiver no solo, ele também morra, depois iremos colocar iscas de mosca-das-frutas naquela área todas as semanas pelo tempo julgado necessário.”

A detecção é metade do trabalho para a equipa da mosca-da-fruta, disse Secomb. “O trabalho deles (dos cães) é ir aos lugares onde encontramos uma mosca adulta numa armadilha e tentar descobrir onde está a fonte, onde estão as larvas e o que iniciou o problema”, disse ele. "Se pudermos descobrir isso muito cedo, podemos tratá-lo muito cedo e impedir que se espalhe." A detecção bem-sucedida foi encorajadora e Secomb disse que o programa provavelmente será estendido além do final do ano.

Gemma Wood, proprietária e treinadora de Max, disse que seu cachorro já havia trabalhado na detecção de restos humanos. “Eu combino o cheiro alvo desejado, neste caso as larvas da mosca da fruta de Queensland com a recompensa do cão”, disse ela. “Essencialmente, o cão aprende que a única maneira de obter a sua recompensa é localizando e alertando o alvo e, quando consegue isso, recebe a sua recompensa”. Max e Rylee são treinados para "parar e deitarem-se" quando detectam o cheiro das larvas da mosca da fruta. A Sra. Wood ficou satisfeita com o sucesso do programa após a detecção positiva. “Sempre temos muita fé nos nossos cães e sempre que nos alertam, temos absoluta certeza de que encontraram algo”, disse ela. “Depois disso, resta-nos a nós, como elemento humano, entrarmos e localizarmos esse pedacinho de larva." Também em Portugal poderiam ser levados a cabo programas destes, porque cães nas nos faltam, pode é haver falta de quem os queira ensinar, sendo mais prático encurralá-los numa box, o que dá menos trabalho e chatice! Os abrigos para animais, enquanto locais de passagem, não deveriam constituir-se exclusivamente em centros de cuidados paliativos, mas fazer tudo ao seu alcance para valorizar os animais ao seu encargo, dotando-os de competências capazes de facilitar a sua adopção.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

ESTUDO ALARMANTE: A RAÇÃO HÚMIDA É SETE VEZES PIOR DO QUE A SECA PARA O CLIMA


A ração húmida enlatada e embalada para animais parece ser quase sete vezes pior para o meio ambiente do que a ração seca comercial, segundo um novo estudo que sugere que pequenas alterações operadas pelos donos dos animais podem reduzir enormemente a sua pegada de carbono. Este estudo brasileiro analisou o impacto ambiental, incluindo emissões de gases de efeito estufa, uso da terra e uso da água dos alimentos para os animais de estimação, descobrindo que houve um aumento de mais de sete vezes na produção de CO2 para uma dieta húmida quando comparada com a seca. “As dietas húmidas para cães e gatos tiveram o maior impacto ambiental, principalmente em comparação com as dietas secas”, disse o estudo da Universidade de São Paulo publicado na Scientific Reports. Os autores do estudo examinaram os impactos ambientais das dietas de 618 cães e 320 gatos no Brasil, analisando também os alimentos para animais de estimação comerciais e caseiros, tanto húmidos quanto secos, avaliando a composição nutricional e calórica das diferentes dietas.

Eles concluíram que um cão de 10 kg a consumir uma média de 534 calorias diárias seria responsável por 828,37 Kg de CO2 por ano, quando alimentado por uma dieta seca. Em comparação, um cão idêntico alimentado com uma dieta húmida será responsável por 6.541 Kg de CO2 anuais, o que significa 698% a mais. “Os donos de cães e gatos podem reduzir significativamente o impacto ambiental das dietas dos seus animais de estimação, alimentando-os com ração seca (composta de ração ou biscoitos) em vez de ração húmida com maior teor de água”, afirmaram. “Estes resultados destacam os amplos impactos ambientais dos alimentos para animais de estimação, a necessidade de torná-los mais sustentáveis e indicando como isso pode ser alcançado”. De acordo com o site PetSecure, citado pelo estudo, os Estados Unidos têm a maior população canina do mundo, com mais de 69 milhões, e o maior número de gatos, com mais de 74 milhões. A China ocupa o segundo lugar em ambos, seguida pela Rússia. Teremos porventura outra alternativa? De momento parece-me que não!

NÃO ACONTECE SÓ EM ZOFINGEN

Na cidade suíça de Zofingen, pertencente ao cantão germânico de Aargau, terra de origem da Casa de Habsburgo, que posteriormente reinaria sobre a Áustria, por volta das 17h00 de segunda-feira, na Mühletalstasse, uma jovem de 20 anos foi atropelado por um carro quando atravessava uma passagem para peões com o seu cão, segundo fez saber a polícia cantonal de Aargau hoje.

O condutor de 30 anos, que no momento se encontrava distraído, acabou por atropelar a jovem quando esta se encontrava na segunda metade da passadeira, sendo atingida pelo automóvel de lado e pela frente, o que a lançou sobre o asfalto. Felizmente sofreu apenas ferimentos moderados e foi levada de ambulância para o hospital mais próximo. O cão ficou levemente ferido e o condutor do carro viu confiscada a sua carta de condução.

É obrigatório para quem tem cães, condicioná-los a parar junto às passagens para peões antes de avançarem, protocolo que poderá salvar-lhes a vida e a dos seus condutores, caso evoluam distraídos. Como atravessar numa passagem para peões não garante em absoluto a segurança de quem a atravessa (assim aconteceu em Zofingen), só atravesse as passagens para peões na absoluta certeza de não vir a ser atropelado.

JAPÃO RIMA COM INOVAÇÃO

 

East Japan Railway planeia implementar viagens de comboio que aceitem cães. A East Japan Railway Co. (JR East) lançou um programa experimental para os comboios Shinkansen (comboios-bala) no passado mês de maio, permitindo que os cães dos passageiros se sentassem nos assentos regulares. A campanha foi tão bem recebida que a empresa já está a trabalhar num pacote especial para viajantes com cães. Há muitos donos que viajam para todo o lado com os seus cães, o que acaba por condenar os animais ao stresse.

No Japão, se você pretende levar o seu cão consigo no comboio, jamais o poderá soltar, deixá-lo correr livremente ou pegar-lhe ao colo, porque ali os animais de estimação devem ser acomodados em caixas especiais de transporte, bolsas ou gaiolas que devem atender a determinados requisitos, sendo normalmente transportados em gaiolas portáteis que possuem o comprimento, a largura e a altura até 120cm. Animal e a gaiola não deverão exceder os 10 kg de peso. A somar a isto, os passageiros são obrigados a pagar uma taxa adicional para levar as gaiolas com eles.

A JR East gostaria de mudar algumas destas condições no futuro e está actualmente a trabalhar num conceito que visa principalmente tornar as gaiolas supérfluas. Em maio, a JR East organizou um primeiro test drive, no qual participaram 35 passageiros e 20 cães. Os animais foram autorizados a acomodar-se nos assentos regulares. Os assentos das composições já haviam sido cobertos com lençóis antibacterianos especiais. Os cães podiam espreitar pela janelas, dormir nos assentos ou sentar-se directamente no colo dos seus donos. Os animais tiveram muito maior liberdade de movimento e os passageiros também usufruíram do ambiente descontraído.

Após o projecto-piloto, não foram detectadas diferenças significativas na quantidade de pêlos dos animais ou de outros poluentes atmosféricos entre a carruagem "pet-friendly" e a normal. Maus cheiros de animais também não foram relatados. Todavia, o conceito permanece controverso até mesmo dentro da própria empresa ferroviária. Enquanto alguns passageiros estão preocupados com as suas alergias ao pêlo dos animais, novos conceitos de limpeza para as carruagens e um novo ajuste de horários estão ainda a ser discutidos na JR East. Está a ser considerada a possibilidade de separar os passageiros com animais de estimação dos outros passageiros dentro dos comboios e de disponibilizar apenas um número limitado de viagens especiais para animais de estimação a cada ano. Assim, ainda não está totalmente claro como irão ser as futuras “viagens amigáveis para os animais de estimação", que breve virão a ser implementadas e revelados os seus detalhes.  

O CÃO QUE QUERIA MORDER O PAI NATAL

A foto acima mostra o Podengo Óscar bastante zangado com um Pai Natal insuflável e, caso pudesse, bem depressa o esvaziaria. Porque teria reagido assim o Podengo alvo, por susto, medo ou por algum condicionamento prévio visando o cumprimento específico de uma ordem? Como se pode ver pelas expressões mímicas do animal, ele não está a brincar nem para brincadeiras. Estaremos perante uma acção ofensiva? E se estivermos, qual será, já que o Pai Natal não se mexe? Assim como esquece muito a quem não sabe, o que sabe sempre encontra o que procura! 

THE GRANDMOTHER IS GONE!

 

São cada vez mais os donos que morrem na tentativa de salvar os seus cães, na sua maioria com setenta e mais anos, como se a depressão própria da idade fosse agravada por alguma demência e pela solidão a que alguns são votados, factores que os levam a assumir um amor incondicional pelos animais, que tratam hoje por filhos. Em Aberdeenshire, na Escócia, na passada sexta-feira à tarde (15h05 locais), Hazel Nairn, de 71 anos, quando passeava o seu cão, debaixo de chuvas torrenciais, foi arrastada para o leito do rio Don, perto de Monymusk, na tentativa de salvar o seu cão. A polícia continua empenhada em encontrar o seu corpo, realizando buscas dentro e ao redor da área onde a septuagenária foi vista pela última vez, contando com uma unidade de mergulho, com o apoio da Marinha, com unidades de apoio aéreo e equipas cinotécnicas.

Entretanto, uma vigília à luz de velas, chamada de “Esperança por Hazel”, foi realizada na Igreja Paroquial de Monymusk na noite de domingo, onde membros da comunidade entristecidos se reuniram. O reverendo Euan Glen, que liderou o evento, disse anteriormente à imprensa: “ A Hazel é muito querida, então estamos à espera de uma grande multidão esta noite. "Vamos ouvir um pouco de música e depois todos na igreja serão convidados a acender uma vela na esperança de que Hazel seja encontrada. Em seguida, ouviremos uma de suas músicas favoritas, que aliás é Candle In The Wind. "Haverá então uma breve oração e um período de reflexão silenciosa. Ela é bem conhecida - tem sido um momento muito triste para todos na comunidade (não podia ir melhor encomendada!)." Como seria inevitável, também um parlamentar de West Aberdeenshire e Kincardine se associou às manifestações de pesar, tendo tudo a ganhar e nada a perder.

O que fazia aquela septuagenária com o seu cão debaixo de uma violenta tempestade e de uma valente enxurrada? Não teria outra ocasião para passear o seu cão? Muitas questões estão ainda por responder desde as causas da sua morte até à sua responsabilidade. A defunta não teria família para a acompanhar e zelar por ela? Seja como for, sair à rua naquelas condições foi um acto tresloucado! Infelizmente outros mais se seguirão.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

POLACOS NA VANGUARDA

 

A start-up Wimba, com sede em Cracóvia, na Polónia, investiu no serviço de um HP Multi Jet Fusion (MJF) 5210 para fabricar dispositivos médicos individuais e protéticos para cães. A empresa foi fundada em outubro de 2022 e visa criar produtos “4D” para restaurar a mobilidade animal. Segundo a Wimba, o objetivo é inovar na área de suprimentos ortopédicos individuais. Os irmãos Franciszek e Grzegorz Kosch tiveram a ideia da nova empresa depois que o seu empreendimento anterior, a Glaze Prosthetics, se tornou o “primeiro no mundo” a projectar uma prótese de membro superior com a tecnologia Multi Jet Fusion da HP. A empresa anterior foi fundada em 2017, quando os irmãos imprimiram em 3D um braço protético personalizado para um amigo. Segundo a empresa, os irmãos acreditavam que havia uma lacuna no mercado para amputados que desejavam uma prótese de braço leve e durável que também permitisse que eles se expressassem com um toque personalizado. A tecnologia de impressão 3D de nível industrial da HP e as impressoras empresariais HP permitiram que as próteses de Wimba funcionassem e alcançassem a leveza e a durabilidade segundo as exigências da empresa. Os principais desafios enfrentados pela Wimba no seu trabalho são o tempo de produção e a precisão necessária para o processo, desde as medições iniciais até o dispositivo finalizado. A tecnologia MJF da HP ajudou a empresa a reduzir o prazo de entrega dos seus produtos de seis semanas para sete dias úteis, usando o seu método de fabricação anterior – fez saber a Wimba.

A empresa também lançou um novo aplicativo chamado WimbaScan, que reduz o tempo de medição de sensivelmente uma hora para 15 minutos. O seu co-fundador e CEO Grzegorz Kosch disse: “O principal objetivo de nossos produtos é corrigir defeitos causados por degeneração, acidentes ou problemas congénitos de animais de uma forma que seja adaptada individualmente a cada animal. Graças à tecnologia Multi Jet Fusion da HP, os nossos produtos são criados individualmente, a pensar no paciente. O que nos diferencia é o prazo de entrega, a leveza da solução e a personalização possível. Até agora nada disso era possível. Wimba with HP está mudando o mundo veterinário.” Avelen Fernandez, gerente do segmento de saúde da WW, impressão 3D HP disse: “Nós desafiamo-nos a desenvolver soluções de dispositivos que serão usadas na vanguarda do sector de saúde, enquanto ainda incentivamos a produção sustentável. Ver uma empresa como a Wimba confiar na nossa tecnologia de impressão 3D para impulsionar seu campo de modo tão inovador é incrivelmente emocionante. Estamos orgulhosos de parceiros como a ZiggZagg, que provam ser parceiros essenciais para empresas líderes do sector e oferecem consistentemente o melhor que as soluções de impressão 3D da HP podem oferecer.” A Wimba fez a sua estreia internacional no London Vet Show em 17 de novembro e deseja-se que continue a pesquisar e a inovar!