terça-feira, 11 de outubro de 2022

TOLICE E DESESPERO

 

Um berlinense com 30 anos de idade, Alexander Renaldy, designer de profissão, na última sexta-feira, dia 07 de outubro, foi ao supermercado NETTO na Wolframstrasse de Tempelhof, deixando amarrado à porta deste o seu pequeno SRD David, um cãozinho cinzento e preto com 5 anos de idade, que é para ele também um cão de terapia. Ao sair do supermercado, para grande surpresa sua, reparou que o seu cão havia desaparecido, que alguém o havia sequestrado. Aflito e querendo recuperar o seu cão, Renaldy contactou a polícia, o serviço de animais “SAVINGSOUL”, distribuiu cartazes e colocou avisos, mas até ao momento sem qualquer êxito. “Por vezes ouço-o ladrar”, diz o dono desapontado, para quem o pequeno David é mais do que um mero animal de estimação, uma vez que lhe tem valido em tempos difíceis, funcionando como cão de terapia. “Eu só quero saber onde ele está”, recriminando-se em seguida por ter deixado o pequeno cão sozinho na frente daquele supermercado. ”Quero avisar todos os donos de cães para nunca fazerem o mesmo”, certo de que alguém lhe furtou o cão.

O acto impensado deste dono, próprio de quem recorre invariavelmente ao improviso e tem pouca experiência, leva-me mais uma vez a exclamar: “para se ser cão é preciso sorte, muita sorte!” Nos tempos que correm, em que se oferecem quantias astronómicas por pequenos cães graças à superioridade da procura sobre a oferta, deixar um cão sozinho em qualquer lugar é quase como dizer-lhe adeus, como um convite para que nunca mais o veja. É evidente que episódios destes sempre sucedem aos mesmos, aos confiados e “desenrascados” que pensam ser o mal apenas destinado aos outros. Se eu tenho um cão dócil, daqueles que aceita guloseimas de qualquer um e dá a mão para toda a gente, caso tenha que ir a um supermercado ou a uma loja, deixo primeiro o cão em casa e vou depois fazer as compras descansado! Ao deixar um cão amarrado, qualquer um poderá soltá-lo por comoção ou malvadez, liberdade que o animal assustado poderá aproveitar para se pôr em fuga e correr inúmeros riscos. E depois, um cão preso a uma trela está para um dognapper como um carro deixado aberto está para um ladrão de automóveis! Jamais proceda assim, opte por deixar o cão em segurança dentro de casa.

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