quinta-feira, 20 de outubro de 2022

IMIGRAÇÃO IRLANDESA PARA A SUÉCIA E ITÁLIA

 

Agora que Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, anda a fazer turismo por terras de Irlanda, onde está a ser muito bem recebido e parece andar radiante, os abrigos para animais irlandeses encontram-se mais do que superlotados de cães, sendo obrigados a enviá-los para outros países onde são muito bem-vindos, como são os casos da Suécia e da Itália. Como estes dois países têm leis muito rígidas para a canicultura, os amantes de cães destes países pretendem adoptar os cães irlandeses excedentários. A Irlanda sempre produziu muitos cães indesejados e bem para além das suas necessidades, quiçá por ausência de um programa de esterilização eficaz. O que há mais nesta ilha são collies e terriers, assim como pequenos mestiços deles resultantes, animais que suecos e italianos não têm em abundância, o que os faz procurar os cães irlandeses. Ali mais perto, também os ingleses veem com bons olhos a opção pelos cães irlandeses, uma vez que os seus abrigos estão cheios de Bull Terriers para adopção. O fim da pandemia, a crise económica e o aumento do custo de vida são responsáveis em grande parte pelo aumento de cães indesejáveis. E, quando se vive numa ilha, os problemas tomam maiores proporções devido ao isolamento, sendo a imigração canina a melhor solução encontrada para garantir o bem-estar dos cães abandonados na Irlanda. Esta solução não é exclusiva daquela República, porque há muito que particulares e associações de bem-estar animal alemãs e inglesas resgatam cães espanhóis, solução que dificilmente abraçaremos graças ao sucesso das nossas campanhas de esterilização.

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