Os
leitores deste blogue provavelmente já se aperceberam que resisto veementemente
a comentar notícias nacionais por serem pouco rigorosas e isentas, sendo ao
invés panfletárias e sensacionalistas, o que as torna dignas de pouco crédito e
de sofrível interesse. Todavia, lamentavelmente, ontem, terça-feira, dia 11 de
outubro, conforme noticiaram os media portugueses, no lugar de Casais Novos, na
freguesia do Carregado e Concelho de Alenquer, um menino com 1 mês de idade foi
morto acidentalmente por um Pastor Belga Malinois que pertencia à sua família. Não
comento o ocorrido porque ainda há investigações em curso, mas continuo sem
compreender a opção daqueles que levam para dentro dos seus lares cães de
natureza anti-social quando pretendem vir a ser pais, animais instáveis, subversivos,
reactivos, altamente territoriais e predispostos para a agressão, como é o caso
da maioria dos Malinois, cães que não se compadecem de descuidos e que por si
mesmos são capazes de “arranjar o que fazer”, exigindo por isso mesmo uma
liderança inequívoca de difícil transição.
Sem fugir à verdade, dir-me-ão alguns que o Malinois não está listado como cão perigoso, o que contudo não esconde o propósito da sua criação e os seus destinatários, considerando o elevado número de cães desta raça recrutados para os mais variados exércitos e os que anualmente são alistados nas distintas forças da ordem. Sim, o Malinois é uma arma formidável, muito embora menos segura que as convencionais por ter vontade própria e ceder por vezes às suas inclinações ou apelos incontidos (instintos). Disparar um Malinois é automático e muito fácil, mais difícil é suspender o seu fogo, porque tende a ficar engatilhado. Será responsável ter uma ou mais crianças debaixo da mira de um cão destes? Eu digo que não! Poucos me dão razão, e até que todos se convençam, mais bebés perecerão – infelizmente.
Sem comentários:
Enviar um comentário