Há
dois dias atrás o País foi surpreendido por uma notícia inesperada: As forças
policiais já registaram este ano 1300 ataques caninos, sendo 42 deles contra
humanos, valores demasiado altos para a população canina que temos e que
denunciam o despreparo de alguns donos e o pouco cuidado que dispensam os seus
cães, factores que induzem ao desprezo pela sociabilização dos animais e à
dispensa do seu controlo. A grosso modo, são três as causas por detrás destes
ataques: 1 _ A falsa ideia de que todos entendemos de cães; 2 _ A impropriedade
dos seus donos e 3 _ O desinteresse generalizado pelas escolas caninas.
Os valores atrás adiantados são um aviso claro para as escolas caninas, que ao invés de andarem a brincar aos polícias e aos ladrões, deverão enfatizar a sociabilização canina como uma das suas principais metas para obter o controlo dos cães, sem o qual nem a boa ordem dos trabalhos escolares poderá ser mantida. Aos adeptos das guerrilhas urbanas e aos viciados em dar caça a pretensos ladrões, caso não saibam ou não se lembrem, temos a polícia para nos proteger e a guerra acontece na Ucrânia, a 3 310,65 km por via aérea e a 4 100 km por via terrestre! Por outro lado, a totalidade destes ataques aponta para a urgência de uma habilitação própria para se ter um ou mais cães, já que a maioria dos nossos proprietários caninos é mais cardíaca do que conhecedora no que concerne ao bem-estar, instalação doméstica, cuidados a haver, higiene, liderança, controlo e coabitação social dos animais. O aumento exorbitante de cães nas cidades, para além de um problema ambiental, é um problema mais lato que diariamente coloca em risco pessoas, animais e ecossistemas, ecossistemas que uma vez destruídos, estão a levar à extinção de algumas espécies. Os cães expandiram-se de um dia para o outro e antes que tivéssemos leis para regulamentar a sua posse – hoje corremos atrás do prejuízo!
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