quinta-feira, 27 de outubro de 2022

25 ANOS DE CADEIA PARA TERRORISTA AMBIENTAL

 

Hoje sou devotadamente albicastrense, porque ontem o Tribunal de Castelo Branco condenou a 25 anos de prisão, à pena máxima, um engenheiro electrotécnico acusado de 16 crimes de incêndio florestal, num dos quais pôs uma vítima em coma durante semanas. O incendiário Nelson Afonso, homem de 39 anos de idade, residente no concelho da Sertã, respondia por 18 crimes de incêndio, ocorridos entre 2017 e 2021 na região Centro e encontrava-se em prisão preventiva desde julho de 2021. No acórdão proferido pelo Tribunal da Comarca de Castelo Branco, o colectivo de juízes deu como provados os factos relativos aos incêndios florestais e condenou o arguido a uma pena de nove anos de prisão por cada um dos 15 incêndios e a uma pena agravada de 11 anos de prisão por um incêndio que causou uma vítima. Este criminoso foi responsável por 64 mil hectares de floresta queimada nos concelhos de Sertã, Vila de Rei; Proença-a-Nova e Oleiros, causando um prejuízo directo avaliado em 200 milhões de euros, onde se incluem casas de habitação, arrecadações, máquinas agrícolas, floresta e culturas agrícolas. Conhecido como o “engenheiro incendiário”, este pirómano valia-se de engenhos incendiários com temporizadores, o  que lhe permitia estar longe do início das ignições. Segundo fez saber a imprensa nacional, foram detidos até hoje 156 incendiários, o que é muito malvado para um País tão pequeno!

Gente assim deveria ser englobada na categoria de terroristas e responder pela prática de terrorismo ambiental, uma vez que os seus actos atentam contra o País e contra o planeta, contribuindo para o aquecimento global e para a desertificação, destruindo ecossistemas e espécies animais, para além de agravar as condições de vida das populações afectadas, não só pelo ar que são obrigadas a respirar, mas pelos avultados prejuízos que sofrem, isto sem falar daquelas que ficam feridas ou que morrem no meio das labaredas, o que implica na destruição de famílias. Terroristas destes, deliberados ou patológicos, porque atentam contra todos e contra ao mundo, deveriam ficar perpetuamente confinados em locais bem longe de qualquer tipo de ignição, comburente e condições propícias a qualquer incêndio, o que descansaria as pessoas e faria muito bem ao mundo. Há que dar os parabéns ao colectivo de juízes do Tribunal da Comarca de Castelo Branco por perpetuarem o nome da cidade no mapa pelo acerto das suas decisões.

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