No
treino de anteontem, sexta-feira, iniciámos os nossos trabalhos com a inversão
do sentido de marcha, vulgo “roda”, para que este comando direccional se
constitua num automatismo binomial. Como nenhum dos nossos cães vive isolado
num eremitério ou dentro de uma redoma de vidro e todos vivemos em comunidade,
insistimos mais uma vez na sociabilização dos nossos parceiros de 4 patas, levando
uma jovem a conduzir um deles depois de lhe termos interrompido por breves
instantes o namoro.
Apostados
em habilitar a CPA Kira no trabalho colectivo, condicionando-a em simultâneo a
uma maior concentração, optámos por fazê-la passar por dentro de um suporte de
bicicletas helicoidal, enquanto o CPA Bohr lhe saltava por cima.
Junto
a dois marcos de correio, num largo por demais movimentado, solicitámos o “quieto”
aos nossos cães no intuito de reforçarmos o comando de imobilização e a sua
sociabilização, uma vez que na sua frente corriam crianças, havia algazarra e
gente que não se furtava a atitudes mais efusivas.
E
como nestas coisas de sair à rua com os cães é bom contar com o auxílio de anjos
e diabos, talvez mais com alguma sorte, visando os objectivos já adiantados
atrás, colocámos os dois Pastores a ladear sentados a estátua de uma pessoa de
reconhecida caridade.
Para ajudar na profunda e
dolente ansiedade da separação que ainda causa estragos na CPA Kira, também
para lhe diminuir os latidos que espalha em todas as direcções, pedimos-lhe um “quieto”
isolado em frente a uma loja de aprestos marítimos (a cadela respondeu afirmativamente
ao desafio).
Por melhor que se preste
como ama-seca dos cachorros e cães que chegam à escola, o CPA Bohr tem que
fazer pela vida para se manter em boas condições físicas e garanti o seu
bem-estar e longevidade, especialmente agora que já ultrapassou os 6 anos de
idade. Com uma Pick-up maneirinha à mão, o lobeiro decidiu pular para dentro dela.
Com todos os cuidados
deste mundo, não fosse o rapaz esborrachar-se na calçada, já que é dado a
azares, pedimos ao Paulo que subisse numa trotineta eléctrica com o seu fiel
cão ao lado, para que o animal se familiarizasse cada vez mais com estes
veículos, agora uma verdadeira peste sobre as nossas ruas e calçadas.
Depois de ultrapassada a
hora de ponta, com as pessoas já em casa e as ruas quase desertas, servimo-nos
de uns círculos pavimentares para treinarmos imobilizações precisas e
instantâneas, tendo o cuidado de mandar parar os cães dentro dos círculos
indicados.
A isto se resumiu o treino de sexta-feira, desenvolvido debaixo de uma temperatura amena e convidativa para sair de casa. A reportagem fotográfica foi da autoria do Paulo Jorge e a sua edição da responsabilidade do Adestrador.
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