Um
homem de 83 anos de idade cuja identidade não foi revelada, caminhava pelas
10h00 da manhã de ontem, domingo, quiçá a conselho do médico e para usufruir
dos benefícios da altitude, na Höhlebachweg, no distrito austríaco de Kampl, no
Tirol, quando um pequeno cão preto-acinzentado que circulava solto, correu para
ele e mordeu-lhe a perna esquerda duas vezes causando-lhe uma ferida grave. O
dono do cão agressor não deu nenhuma importância ao assunto, não prestou
auxílio à vítima e seguiu o seu caminho como se nada tivesse acontecido. Como
estamos perante um crime, a polícia procura agora identificar o dono do cão, indivíduo
que o agredido descreveu como tendo cerca de 50 anos de idade e 1,75 m de
altura, que vestia na ocasião uma t-shirt verde.
Há
medida que a temperatura vai subindo, o número de caminhantes, corredores,
ciclistas e campistas aumenta também nas nossas arribas, charnecas, bosques e
florestas, dando-lhes um colorido que transpira saúde e exala vida. Como se
depreende, ao surgir inesperadamente, esta gente não deverá ser indevidamente entendida
como presa aos olhos dos cães, ao ponto de entenderem dar-lhes caça e
procederem à sua captura, o que acontece com maior facilidade quando os animais
se encontram soltos, condição que tende ainda a agravar o dolo provocado pela
arremetida dos cães, que doravante precisarão de se familiarizar e sociabilizar
com a novidade destas situações, tarefa que deverá ser simultaneamente da
responsabilidade dos donos e das escolas. Sejamos claros: o despreparo canino
para estas situações pode facilmente transformar um simples passeio exterior
numa captura desenfreada e cruel, por vezes até letal!
Como sempre temos ouvido dizer que “ao pé do pano é que se talha a obra”, logo no início da primavera rumamos aos campos para sociabilizarmos os nossos cães com os seus restantes utentes, treinando em parques de campismo, de merendas e à sombra de frondosas árvores, desde que disso não resulte algum incómodo para alguém ou qualquer perigo para os animais. O que se pretende evitar nos cães são as más associação que os levam a entender os campos como zona de caça e as pessoas como presas, o que à partida parece fácil, mas que não é tão fácil assim. Obedecendo também a esta preocupação, fomos este fim-de-semana trabalhar para um parque de merendas, não sem antes perguntarmos aos seus utentes se podíamos fazê-lo (se formos os primeiros a chegar tudo é bem mais fácil).
Resta dizer sobre este assunto que nenhum cão deverá evoluir no exterior sem ser debaixo de ordem; que trilhos desconhecidos e territórios não batidos podem constituir-se em sérios perigos para a vida dos cães; que nenhum cão deverá ser solto na incerteza da resposta à chamada do seu dono e, finalmente, alertar para o facto de que nem todos os cães desconhecidos (isolados ou ao lado dos donos) são amigáveis ou pacíficos ao aparecerem nas florestas.
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